Universidade reconhece graduandos com maior desempenho acadêmico

Na terceira edição da cerimônia de mérito acadêmico, 103 graduandos da PUC Goiás foram reconhecidos por seu excelente desempenho acadêmico. Do total, 88 receberam a magna cum laude (com grandes honras, em latim) e 15 foram agraciados com a summa cum laude (com a maior das honras), por terem atingido coeficiente de rendimento entre 8,5 e 8,9 ou superior a 9,0, respectivamente. A celebração desta quarta-feira, 5, contou com a participação de familiares e convidados, além de professores e coordenadores de curso, no teatro do Centro de Convenções da PUC (CCPUC).

“É uma das maiores solenidades da nossa universidade, sobretudo na graduação”, advertiu o reitor Wolmir Amado aos convidados. Realizada pela primeira vez há um ano, a cerimônia já inspira com exemplos de acadêmicos que encerram a graduação com grande êxito, em números cada vez maiores. “Um grande objetivo é de dar visibilidade para essas pessoas, esses jovens que se dedicam com responsabilidade e foco em uma tarefa extremamente árdua”, explica a pró-reitora de Graduação, professora Sonia Margarida Sousa.

Ponto importante do reconhecimento é a constatação de que grande parte dos homenageados é beneficiada por algum programa de acesso ou permanência ao ensino superior, mostrando o alto engajamento desses alunos no comprometimento acadêmico de forma consistente. Dos agraciados com diplomas e aplausos na noite desta quarta-feira, 78% contam ou contaram com algum tipo de bolsa, financiamento ou benefício durante a graduação.

Entre eles, a graduanda em Engenharia Civil Myllena de Sousa Coelho, 24, bolsista integral do Prouni desde seu ingresso, em 2014. “Se não fosse pela bolsa eu realmente não estaria me formando agora. Teria sido um sonho deixado para depois, para quando eu pudesse arcar com os custos”, refletiu ela enquanto aguardava o início da cerimônia, com os pais ansiosos na plateia. “Eles vieram de Posse [cidade no noroeste goiano] para viver esse momento comigo. Enfrentaram nove horas de viagem de ônibus”, explicou. Os esforços de Myllena e seus pais foram recompensados com o título magna cum laude que a acompanhará em seu diploma para o resto da vida, além de uma boa resposta do mercado: o estágio que conseguiu no início da graduação durou dois anos e a rendeu uma recomendação para o seu estágio atual, onde está há um ano e meio. “Querem me efetivar”, brinca, sorrindo.

Bolsista de Iniciação Científica em duas oportunidades, o graduando em Química Gabriel Costa Vieira Arantes, 22, foi reconhecido com a summa cum laude por ter atingido a maior média da universidade nesta edição: 9,8. “Eu sempre gostei muito de estudar, de desafios intelectuais. Sou mais teórico, de refletir. Acabei pegando muitas disciplinas por pura curiosidade, mesmo fora do meu curso”, pontuou. Sobre o mérito, o jovem se disse feliz, mas reforçou a necessidade de levar o processo com naturalidade. “É algo necessário, mas que precisa ser natural. Tem gente brilhante que acaba não tendo tempo suficiente de estudo por razões muito diversas como trabalho, família, então não vale essa comparação, ter o sentimento de inveja ou de derrota. O gosto pelo estudo tem que ser natural”, ressaltou ele, que percebeu em sua trajetória o potencial libertador da educação. Tanto que ingressou em outra licenciatura na universidade, a de Física, onde encontrou “muitas respostas”. “Eu quero carreira acadêmica, mestrado, doutorado, mas mesmo com os títulos eu quero dar aula, que é a minha paixão. Faço licenciatura porque é isso mesmo que quero”, disse, frisando ter se encontrado como professor no ensino médio.

Fotos: Wagmar Alves

Fotos: Ana Paula Abrão