Universidade inicia discussões para acordo com Guiné-Bissau
A PUC Goiás recebeu nesta sexta-feira, 10, a visita do bispo da Diocese de Bufatá, no Guiné-Bissau, dom Pedro Zilli. O religioso foi recebido pelo reitor Wolmir Amado na sala de reuniões da Reitoria, conheceu as instalações da PUC TV Goiás e seguiu para a celebração de missa em ação de graças na Paróquia Universitária São João Evangelista.
No país africano desde 1985, o bispo tem intermediado acordos com o Brasil para avanços na evangelização, saúde e educação dos locais. Por meio da Arquidiocese de Goiânia, conversou com a Reitoria da PUC Goiás sobre possibilidades de acordos. “Há uns anos abrimos a Universidade Católica, ainda pequena, então essa colaboração que vai se instaurando é importante para ajudar essa juventude. Transmitir a eles alguns sinais concretos de esperança”, afirma o bispo.
Carentes de políticas de mobilidade acadêmica internacional, muitos jovens do país acabam se arriscando em busca de qualificação em outras nações lusófonas, como o Brasil. A possibilidade de um acordo de cooperação com a universidade viria, então, como uma opção segura e estruturada para esses jovens. “Sei que há muitos guineenses que estudam aqui no país, até mesmo aqui em Goiânia, na PUC, e eles vêm com a cara e a coragem. Chegando aqui, encontram dificuldades. Então surgiu a ideia”, explica dom Pedro.
No início do ano, padres da Arquidiocese de Goiânia e médicos foram em missão a Guiné-Bissau. Além da ajuda humanitária, resultou da visita a exposição fotográfica Missão Brasil-África, compartilhada na última Jornada da Cidadania. “Nós nem imaginávamos que as fotos que fizemos resultaria na exposição, mas o espírito que nos conduz nos abre os horizontes para essas novas realidades”, diz o padre Maximiliano Costa. No evento, as fotos sensibilizaram para a realidade dos irmãos africanos e ampliaram o interesse no país.
“A internacionalização uma ênfase que temos dado. Parcerias, sobretudo, com uma ênfase ética, solidária, abrindo horizontes, entrelaçando culturas onde não só levamos, mas também aprendemos. Quando outros criam muros entre países, a gente procura criar pontes de fato, comunhão”, acrescenta o reitor Wolmir Amado ao citar a possibilidade de intercâmbios estudantis e projetos sociais ligados ao convênio guarda-chuva que deve ser estabelecido.
Após a passagem pela universidade, dom Pedro Zilli participa amanhã, 11, da reunião mensal da Pastoral Arquidiocesana.
Fotos: Ana Paula Abrão