Tratamento da dor é tema de eventos na PUC Goiás

Experiência sensorial e emocional considerada desagradável, a dor está presente no dia a dia e em diversos tipos de atendimento médico. O trabalho do profissional de Saúde no Pronto-Socorro, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e no pós-operatório foi o tema das palestras realizadas durante o I Simpósio de Dor e o IV Curso Introdutório da Liga Acadêmica de Dor (Lador) da PUC Goiás, na noite desta terça-feira, 26.

Alunos do de Medicina e de outras graduações acompanharam a programação, realizada no Auditório 1 da Área 2, na Praça Universitária.

Diretora da entidade, a aluna Carolina Alves explica que o objetivo é abordar o manejo da dor nesses três ambientes hospitalares. “Este ano também é o ano mundial da dor no pós-operatório”, informa.

Reativada em 2014, a Liga realiza atividades teóricas, como discussões de livros e de artigos, atendimentos ambulatoriais, que geram estudos de caso. Também são realizadas orientações à comunidade, em eventos como a Jornada da Cidadania e na Região Noroeste de Goiânia.

Para este semestre, há 16 vagas para integrar a entidade: oito para alunos de Medicina da PUC Goiás e outras oito divididas entre estudantes de Medicina de outras instituições de cursos da área da Saúde da universidade. “Nossas discussões são constantes, temos atividades práticas e teóricas e colaboradores que estão sempre conosco. Além disso, a Lador tem um viés multidisciplinar”, frisa Carolina.

Durante a abertura, a presidente da Lador informou que a prova de seleção ocorre nesta sexta-feira, 29, a partir das 19 horas, na Sala 109, na Área 4.

 

Palestra do médico anestesiologia Gustavo de Paula Andriolo abriu a programação dos eventos. Ele observou que um dos problemas relacionados à dor é o subtratamento que ela recebe. “Há um desconhecimento do manejo da dor, além de tabus envolvendo o paciente, muitas vezes considerado dependente ou hipocondríaco”, ressalta ele, que  apresentou aos alunos trabalhos científicos que têm a dor como objeto de estudo.

Um dos artigos analisou o tema em um hospital universitário de Minas Gerais. Lá, pelo menos 45% dos casos de pronto-atendimento eram relacionados à dor. Entre os 309 pacientes atendidos, pouco mais da metade saiu satisfeita com a atenção recebida. “É um número baixo”, analisou Andriolo, destacando o papel do médico para que a dor seja bem tratada.

Palestras do prof. Ledismar José da Silva, orientador da liga, e da médica Thalita Dayrell Leite Quinan  completaram a programação.

Fotos: Wagmar Alves