Seminário discute importância da vida humana para o progresso científico
Ocorreu na noite desta quarta-feira, 21, a 9ª edição do Seminário de Bioética realizado pela PUC Goiás, Pastoral Familiar Arquidiocesana e o Centro da Família Coração de Jesus. Neste ano, o tema discutido foi “A fundação do juízo bioético a partir do modelo personalista e seus princípios”. O padre Luiz Henrique Brandão de Figueiredo, da Paróquia Universitária, foi o conferencista do evento que reuniu estudantes universitários que se interessam pelo assunto.
Organizadora do evento, a coordenadora do Centro da Família Coração de Jesus, irmã Eunice Pereira de Carvalho, afirma que o seminário é importante para favorecer a juventude acadêmica, que é o futuro, favorecer uma consciência moral e ética da vida. “São eventos como este, focados em nossos futuros cientistas, que nos dão esperança para despertar consciências em relação ao valor da vida”, explica Eunice.
Refletindo sobre o caráter do evento, padre Luiz afirma que é fundamental que os estudantes tenham referenciais éticos para lidar com as questões científicas. Ele explica que o progresso, por si só, é ambivalente e pode ser usado de modo positivo e negativo – e, por isso mesmo, é preciso se atentar para a bioética como uma perspectiva de trazer a vida para o centro do debate. “Devido a essa ambivalência é importante que os nossos futuros cientistas tenham referencias para lidar com questões científicas”, reflete o conferencista.
Ao longo de 9 edições, o seminário abordou diversos assuntos relacionados ao tema e, neste ano em especial, se dedica ao debate da fundamentação teórica sobre bioética, a partir de fundamentos antropológicos e filosóficos. A partir deste fundamento é que serão discutidos modelos bioéticos contemporâneos sob a perspectiva do que padre Luiz chama de modelo personalista.
“O modelo personalista, sob o qual tratarei na conferência, está focado na pessoa, na promoção da vida humana. Este é um seminário em que queremos tratar de temas fundamentais. O modelo personalista começa com Aristóteles, 3 mil anos antes de Cristo, e permeia toda a história do ocidente até os dias de hoje”, explica o pároco.
Em um auditório lotado, alunos de diversos cursos e de várias instituições foram convidados a refletir sobre o tema. Para o estudante do 4º período de Enfermagem da PUC Goiás, Marcos Junior de Oliveira, o que desperta seu interesse no debate é o fato de tratar de temas pontuais de sua área de atuação a partir de perspectivas diferentes.
A estudante do 4º período de Nutrição da UFG, Angélica Sousa, ressalta que o que mais chamou sua atenção foi a perspectiva de se discutir ciência partindo de uma perspectiva de respeito à vida humana. “Eu acho que esse é um tema muito importante e que sempre está em debate, por isso resolvi vir. Eu acredito que é preciso sempre reconhecer a vida humana e é preciso ter mais debates como este para esclarecer o tema, que é muito complicado, para os estudantes”, explica a estudante.
Fotos: Ana Paula Abrão