Roda de conversa reúne estagiários, profissional e ativista para discutir inclusão

O Programa de Referência em Inclusão Social (Pris) da PUC Goiás promoveu, em parceria com o curso de Psicologia da Escola de Ciências Sociais e da Saúde (Eciss), uma roda de conversa sobre Psicologia Escolar com o psicólogo escolar Felipe Nakamura, do Colégio Visão, e o ativista Álvaro Oiano Vizotto, da Associação das Famílias e Amigos dos Autistas de Goiás (AFAAG). O evento ocorreu no plenário da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), no Setor Leste Universitário, com a presença de estudantes e estagiários.

“É nosso segundo semestre com essa atividade com os estudantes da disciplina de Estágio Básico em Psicologia Escolar e Educacional, falando sobre os desafios da inclusão nesse ambiente”, explica a coordenadora do Pris, professora Juliana Hannum. Para enriquecer a experiência, o evento trouxe as falas tanto de quem vivencia a prática profissional quanto de quem sente na pele a diferença em conviver com profissionais preparados.

“Já vivenciei algumas coisas porque eu interpretava tudo ao pé da letra e me achavam antipático, e eu não era. Era apenas uma característica minha como autista”, lembra Álvaro. Seu relato veio, então, no sentido de compartilhar essa e outras experiências com o corpo de estagiários, para que pudessem conhecer melhor essa realidade. “Existe uma diferença entre integrar e incluir. Quando você integra, você simplesmente coloca aquele aluno em contato com os demais. Quando você inclui, você passa a permitir que o estudante se desenvolva com os demais. Esse trabalho é um desafio constante, que exige um olhar atento do profissional”, coloca Felipe.

Acadêmica do quinto período, Fernanda Tavares de Oliveira, 22, ressaltou como importante a atividade justamente por aliar a teoria já discutida em sala de aula com a conversa que raramente os estudantes têm oportunidade de ter acesso antes de entrar de fato em campo. “É uma oportunidade de ouvir que geralmente não temos tão cedo. Ter o acompanhamento e mediação da professora também é muito interessante”, ressalta.

Fotos: Weslley Cruz