PUC promove campanha contra pobreza menstrual
O Programa de Direitos Humanos (PDH) da PUC Goiás promove campanha em parceria com diversos apoiadores para arrecadação e distribuição de absorventes e coletores menstruais. A campanha está com pontos fixos de arrecadação e distribuição na Área 3, 4 e 5 e no Câmpus V da universidade. Também pode ser feita doação de qualquer quantia para o PIX girlup.go@gmail.com (Júlia Rocha Almeida).
O objetivo é combater a chamada pobreza menstrual, com a falta de produtos para a higiene básica. De acordo com o relatório “Pobreza Menstrual no Brasil – Desigualdades e violações de direitos”, elaborado pelo Unicef, cerca de 321 mil alunas, 3% do total de meninas nas escolas, estudam onde não têm banheiro em condições de uso. A pesquisa mostrou que, no Brasil, 1,24 milhão de meninas (11,6%) não têm à disposição papel higiênico nos banheiros das escolas. Entre essas meninas, 66,1% são pretas/pardas.
No Brasil, uma em cada quatro adolescentes não tem acesso a absorventes durante seu período menstrual, como mostra o relatório Livre para Menstruar, feito pelo movimento Girl Up. O estudo “Impacto da pobreza menstrual no Brasil”, encomendado pela Always e feito pela plataforma de pesquisas Toluna, aponta que 28% das mulheres jovens já deixaram de ir às aulas por não conseguirem comprar um absorvente. E 48% delas, ou seja, quase a metade das entrevistadas, esconderam que o motivo foi a falta de absorventes, segundo a pesquisa, divulgada em maio de 2021.
De acordo com a coordenadora de Extensão, Denize Daudt Bandeira, está sendo organizado um evento presencial sobre Pobreza Menstrual com o Grupo GirlUp Goiás e com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres. “Como mostram as pesquisas, meninas deixam de frequentar a escola durante o período menstrual, problema que reflete não apenas a condição socioeconômica em que o grupo se encontra, e que acaba por impactar também a saúde feminina, mas a falta de políticas públicas para esse grupo. Contexto que reforça a importância de instituições como a PUC Goiás abraçarem essa causa”, afirma Denize.
(Texto: Eliani Covem/ Assessoria da Proex)