PUC Goiás e BNDES concluem parceria em projeto de digitalização de acervo

O Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da PUC Goiás entregou nesta quinta-feira, 25, ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o relatório técnico de prestação de contas do Projeto Imagens da Memória – Preservação das Culturas dos Povos Indígenas Brasileiros, contemplado em 2011 pelo Edital de Preservação de Acervos do banco.

Com quase 300 páginas, o documento marca a conclusão da parceria entre universidade e banco para o projeto de digitalização do acervo de imagens, documentos e sons que compõem a coleção audiovisual do fotógrafo e documentarista Jesco von Puttkamer.

“Estamos encerrando a parceria com resultados satisfatórios e vários desdobramentos”, explica a diretora do IGPA, Eliane Lopes. O projeto, iniciado no instituto, foi ampliado para envolver toda a universidade. “Ele abriu a visão da instituição. É um processo que beneficia todos os acervos da universidade e os conecta”, ressaltou o chefe de Gabinete da Reitoria, professor Lorenzo Lago.

Para a técnica do BNDES, Fernanda Menezes, o projeto inovador trouxe vários desafios, mas também mostrou novas formas de fazer. “Trazer os indígenas para o debate, para ressignificarem o acervo, é uma experiência metodológica que nunca vi antes. É algo que destaco e que pode e deve ser difundido para outras instituições, inclusive fora do Brasil”, destacou, ao parabenizar a participação das etnias Metyktire, Paiter Suruí, Cinta-Larga e Nambikwara no processo.

Além da digitalização do acervo, que garante a preservação dos documentos e sua difusão, o aspecto museológico também foi destacado, com a socialização dos conteúdos por meio de exposições, oficinas e da galeria virtual lançada em 2017 e que pode ser acessada aqui.

“É uma coleção muito significativa pela diversidade de suportes, por seu tamanho, tem um potencial muito forte. Estou representando a saída do BNDES desse projeto com a conclusão do acordo, mas entendendo que deixamos pessoas capacitadas para avançar”, constata Fernanda. “Temos a garantia de que esse investimento público não será jogado ao vento”, conclui a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Milca Severino, ao discutir a expertise adquirida, que deve contribuir com todos os acervos da universidade.

Fotos: Wagmar Alves