PUC Goiás comemora 21 anos de Cátedra da Unesco

A Cátedra Unesco de Ciência da Educação para a Formação de Docentes e Investigação Educativa, instalada na Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH) da PUC Goiás comemorou hoje seus 21 anos de história, com cerimônia especial.

Reunindo membros da cátedra, professores dos cursos de graduação e pós-graduação da escola, membros da Reitoria e nomes que marcaram história, o grupo descerrou a placa que será instalada na escola juntamente com uma galeria histórica, alusiva às mais de duas décadas de atividade.

A tarde foi marcada por emoção e gratidão com a homenagem às professoras pioneiras Eduvirgens Carlita de Andrade e Rose Mary Almas de Carvalho, que se dedicaram à cátedra por décadas.

“Falar da cátedra é falar de quem sabe”, afirmou a vice-reitora Olga Ronchi ao exaltar os trabalhos realizados ao longo dessas duas décadas em iniciativas de formação de professores para a educação básica. “É um percurso muito importante. A presença da cátedra reafirma todo o compromisso desta universidade com a educação universal”, completou a pró-reitora de Graduação, Sonia Margarida Gomes.

Atualmente à frente do grupo, o diretor da EFPH, Romilson Siqueira sinalizou o início de uma nova etapa a cátedra. Após o foco na educação popular e na educação a distância, a nova etapa visa um projeto articulado em busca do fortalecimento em rede, visando um processo de internacionalização, em contato com outras cátedras na Amélica Latina, e de pesquisas interdisciplinares.

A primeira iniciativa será, já no início de 2019, com a pesquisa Formação de professores e diversidade cultural: representações e ideologias marcando identidades, anunciada na tarde desta quinta-feira, 17. O estudo, que deve ter duração de quatro anos, poderá envolver docentes e pesquisadores de toda a escola, desde os programas de iniciação à docência (Pibid) e científica (Pibic) até pós-doutorandos, na investigação dos significados atribuídos por ingressantes e concluintes dos cursos de formação de professores às identidades religiosas e étnico-raciais.

“Nossa intenção é, também, apresentar esses resultados em atividades de formação continuada, contribuindo para as discussões de professores da rede pública de Goiânia e das proximidades”, explicou o diretor.

Unesco e as universidades

Para apresentar um panorama histórico da atuação da Unesco em conjunto com universidades no Brasil e o papel estratégico das universidades na América Latina, foi convidado o professor dr. Célio Cunha, consultor da Unesco e professor das universidades de Brasília (UnB) e Católica de Brasília (UCB).

“A educação superior deve fortalecer sua capacidade de análise crítica, de antecipação de de visão prospectiva”, frisou, defendendo ainda a maior cooperação entre as universidades latino-americanas. “É necessária a construção de uma agenda de ciência, tecnologia e inovação compartilhada, com o objetivo de gerar o conhecimento que os povos e regiões demandam”.

Exemplificando o que já tem sido feito e como essa visão tem caminhado no mundo, o professor comentou grandes documentos, como a Declaração de Foz do Iguaçu (2014). “As cátedras da Unesco podem desempenhar um papel estratégico no processo de internacionalização e integração regional”.

Na PUC Goiás, a cátedra foi inaugurada em 1997.

Fotos: Weslley Cruz