Presença feminina na política é foco de simpósio

(Texto: Izabella Moura, estagiária da Dicom)

O II Simpósio sobre a Importância da Mulher na Construção de um Parlamento Democrático visa discutir a ampliação do número de mulheres na esfera política. Apesar de 52% da população brasileira ser feminina, apenas 16% do Parlamento é ocupado por mulheres. Nesse quesito, Goiás é considerado o pior estado do País e conta apenas com quatro representantes femininas, duas deputadas estaduais e duas federais.

Atualmente a legislação garante que 30% dos candidatos de um partido político seja constituída por mulheres, mas isso não garante que estas sejam eleitas. Segundo a presidente do Conselho Estadual da Mulher, Ana Rita Castro, isso acontece porque, apesar da presença feminina no partido, não há investimento nas campanhas políticas e falta, também, apoio da população em relação aos votos.

O evento que ocorreu na manhã de hoje, 26, e em mais seis cidades do País tem como discussão principal a Lei proposta pelo senador do Estado de Goiás, Luís do Carmo, que pretende alterar o Código Eleitoral de forma que os primeiros 30% dos candidatos eleitos sejam intercalados entre os homens e mulheres mais votados. Já o restante fica constituído por demanda livre.

“A mulher não vai participar do pleito só para figurar, elas (as mulheres) vão efetivar como parlamentares e só tem um jeito da mulher entrar na política:  o Sistema incentivando-a e dando chances para concorrência”, pontua o senador.

A coordenadora do Programa de Direitos Humanos da PUC Goiás (PDH),  profa Núbia Simão, falou sobre a importância da presença efetiva das mulheres na política para melhorar a legislação em relação aos direitos das mulheres. “Se não começarmos a colocar mulheres na política e mudar a legislação, que vai ser utilizada no cumprimento das leis de direito das mulheres, os dados de violência não vão mudar”, reflete.

 

Fotos: Wagmar Alves