Professoras misturam técnicas e texturas em exposição conjunta
Espaço que historicamente integrou a Escola Goiana de Belas Artes, a Galeria PUC, na Área 3, recebe até o dia 2 de abril a exposição conjunta das artistas plásticas, designers e professoras Adriana Mendonça e Fabiola Morais, de segunda a sexta, das 9h às 12 horas e das 18h às 21 horas, com entrada gratuita. A abertura oficial da exposição, que leva o nome das artistas, ocorreu na noite desta terça-feira, 10, com a presença de professores, companheiros, admiradores e amigos.
Entre os visitantes, gente de toda idade e jeito. A pequena Alice, de 5 anos, definiu de cara suas obras favoritas: os zines que Adriana desenvolveu ao longo do período no doutorado e que ficaram expostos e disponíveis para serem foleados, tocados, sentidos com os olhos e as mãos. Mostrando aos pais, que são amigos das artistas, quais seus zines favoritos, foi logo nos mais coloridos e com bichos ilustrados. “Ela já tinha visto fanzines, mas não interagido com um assim, como ela pode fazer aqui, hoje”, explicou a mãe, Maiani Gontijo.
Professores de ambas, além de colegas da época da graduação também marcaram presença, como o arquiteto Frederico Guerra. “Fazia uns 25 anos que não via o Fred”, explica Adriana. Ele, por outro lado, brinca. “Foi a oportunidade de revê-la e de conhecer suas obras – essas e a outra, que é o filho”. O papo logo agregou mais gente, entre abraços e sorrisos.
Resultado de pesquisas que em parte estão ligadas à vivência das artistas em suas pesquisas de doutorado e em parte com sua bagagem enquanto docentes da PUC, as obras de ambas se distinguem pelos temas e técnicas, mas se conectam pelo impacto que causam nos visitantes. Enquanto Adriana mistura técnicas, texturas e brinca com poesias e palavras para falar do urbano, Fabíola aposta nas cores e na abstração do cerrado em suas grandes telas. “Somos admiradoras mútuas uma do trabalho da outra”, alegra-se Fabíola. “A PUC é um lugar muito afetivo, me peguei sentindo falta daqui”, confessa Adriana, que hoje é docente na Faculdade de Artes Visuais (FAV) da UFG, enquanto divaga sobre suas obras e o afeto, sobretudo a influência e a saudade da mãe, falecida no início de seu processo de doutoramento e, portanto, de criação do que, agora, está exposto para todos. “Essa relação afetiva com ela, do toque, do carinho, apareceu muito”, diz. Vale a pena conferir.
Fotos: Ana Paula Abrão