Proafro quer ampliar programação da consciência negra

O seminário sobre o enfrentamento ao racismo realizado pelo Programa de Estudos e Extensão Afro-Brasileiro (Proafro) que marcou o mês da consciência negra na universidade deve ser ampliado para mais escolas, como explica a coordenadora do programa, profa. Irene Dias. Em 2017, o evento contemplou os cursos da Escola de Formação de Professores e Humanidades – com foco especial nos calouros –; de Ciências Sociais e da Saúde, abordando, sobretudo a atuação de psicólogos e de assistentes sociais; de Ciências Agrárias e Biológicas e dos cursos de licenciatura que integram a Escola de Ciências Exatas e da Computação – Física, Química e Matemática.

Irene destaca o papel fundamental da conscientização a respeito da discriminação racial, tendo em vista que essa prática, muitas vezes, é velada. “Fomos criados em uma sociedade estruturalmente racista. Muitas vezes, mesmo as pessoas que acham que não são racistas, têm um racismo ou um preconceito implícito na linguagem, na atitude, no modo de olhar o outro, o diferente. Muitas vezes, nem nos damos conta que estamos sendo preconceituosos, racistas”, frisa.

Também no mês da consciência negra, o Proafro esteve na Escola de Circo Dom Fernando (ECDF), da universidade, que atente crianças e adolescentes da região Leste.

Foi realizada uma oficina de bonecas negras e uma roda de conversa sobre identidade negra e combate ao racismo. As atividades foram comandadas pela voluntária do Proafro, a profa. Alessandra Soares, licenciada em História; e pela profa. Fátima Regina de Almeida Freitas, membro do programa. O curta-metragem Cores e Botas, que conta a história de uma garota negra que sonha em ser paquita, foi exibido.