PNV promove evento abordando autolesão não suicida
Por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro Estadual de Atenção Psicossocial e Infanto-Juvenil (CAPSi) Água Viva e o Programa Em Nome da Vida (PNV), na manhã desta sexta-feira, 17, o auditório da Área 2 sediou um evento do Programa Gente Crescente referente à uma conferência, com uma série de palestras sobre o tema Corpos & Cortes: autolesão não suicida na contemporaneidade.
O programa Gente Crescente existe desde 2005 com o objetivo de tratar de assuntos com demanda mais recorrente no CAPSi Água Viva, a fim de possibilitar um momento de discussão sobre eles com a comunidade para se pensar no que poderia ser feito para implementar melhorias, tanto no ambiente doméstico quanto comunitário.
As palestras contaram com a participação de diversos profissionais: a psiquiatra Fernanda Bizinoto Freire; a representante da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Fernanda Francisca; a professora e psicóloga Marina de Moraes e Prado Morabi e a psicóloga Ivana Peixoto Bueno Corva.
A professora Marina Morabi explica que a pretensão do evento é abrir a discussão no âmbito profissional e comunitário acerca da autolesão: “Entendo que existe uma função social de grande valor nessa abordagem e esse encontro permite que a gente converse de modo coerente, ético e adequado sobre um tema grave e necessário, mas com cuidado ético e humano, porque essas questões vinculadas à saúde mental são extremamente necessárias de serem debatidas, mas de modo adequado, no ambiente adequado e por profissionais adequados para que, ao invés de haver um aumento nas taxas do processo de adoecimento, a gente consiga fazer intervenções e promover qualidade de vida”, defende.
Um dado de suma importância foi trazido pela psiquiatra Fernanda Bizinoto Freire: os casos de autolesão são de notificação compulsória. Também por essa razão, a psiquiatra defende que é imprescindível que o tema seja tratado de forma responsável, para que a conscientização da população tenha prosseguimento, especialmente, por meio dos profissionais da saúde e da educação, que se constituem em verdadeiros veículos de comunicação e informação para a comunidade.
A psiquiatra adianta que transtornos depressivos e ansiosos são fatores de risco para a autolesão: “É necessário convidar a população para falar sobre o tema de uma forma responsável e consciente para que possamos ajudar nossos jovens”, pondera.