PNV promove encontro de comunidades terapêuticas

Com base nas novas modalidades de tratamento e prevenção ao dependente usuário de álcool e outras drogas, o Programa em Nome da Vida (PNV/Proex) da PUC Goiás abriu na manhã desta sexta-feira, 28, no auditório B da Área 2 (Setor Universitário), a quarta edição do Encontro de Comunidades Terapêuticas do Estado de Goiás, voltado a profissionais que atuam nesta área no âmbito da saúde, educação, assistência social e segurança.

As discussões foram abertas com o médico Valter Luiz Rezende, que ministrou conferência sobre os enfoques atuais aos usuários de drogas: “precisamos de abordagens complexas que envolvam diversas esferas, seja pelo acompanhamento social e multidisciplinar, além de mostrar que a procura por substâncias psicoativas se dá por diversos fatores, logo um suporte do profissional de saúde é muito importante”, explanou o palestrante. Essa perspectiva multidisciplinar foi um avanço para o tratamento do dependente químico, já que o profissional vai ajudar o paciente aonde ele quer chegar. “Quando o paciente estiver disposto à mudança, o profissional vai auxiliar para que atinja as metas que procura, seja do ponto de vista da medicação, apoio ou abordagem”, concluiu.

Em seguida, o docente Maurício Landre discutiu sobre o marco regulatório das comunidades terapêuticas e por que o governo vem mudando suas regras e políticas sobre o uso de álcool e outras drogas, assim como a importância da multiprofissionalidade e interdisciplinaridade no tratamento do paciente.

Experiências na PUC
As comunidades terapêuticas são espaços de acolhida ao paciente que estão numa fase de transição entre o tratamento e a reinserção social. Um trabalho da PUC Goiás que vem ganhando destaque no âmbito das comunidades terapêuticas ocorre na região Noroeste de Goiânia, e o PNV tem um eixo de trabalho nesta área, como observa a coordenadora do Programa, profa. Iracema de Carvalho. Nos últimos 16 anos, a universidade vem fazendo um trabalho com populações vulneráveis e o projeto executado na região é fruto de pesquisa realizada com apoio da Fapeg. “Trata-se da caracterização das comunidades terapêuticas de Goiânia e uma das perguntas que fazíamos era se havia atenção com a rede psicossocial. Foram identificadas falhas nessa comunicação na rede de serviços”, pontuou. O projeto piloto que investiga a questão está sendo desenvolvido, na tentativa de fortalecer as políticas públicas que existem na área da saúde, visando a prestação de um serviço mais adequado que atenda às necessidades da população.

Programação
A programação do evento continua neste sábado, 29, no mesmo local, das 8h às 10h30, com apresentação de trabalhos científicos sobre comunidades terapêuticas desenvolvidos na PUC Goiás.

Fotos: Weslley Cruz