Universidade sedia discussão sobre paz no trânsito
Pelo menos quatro crianças morrem diariamente por conta dos acidentes de trânsito no Brasil. Diante deste quadro alarmante, a PUC Goiás sediou na manhã desta quinta-feira, 5, na Sala Multiuso (Área 4), a mesa redonda Eu quero paz no trânsito, com representantes de instituições que estão à frente da causa no País, para conscientizar os acadêmicos sobre a importância da direção veicular e responsabilidade. “Goiânia tem números assustadores relacionados a mortes de criança, um fato que se deve, principalmente, à falta de políticas públicas. Os acadêmicos podem disseminar isso para a comunidade e atuar na prevenção de acidentes, o que futuramente pode ter um reflexo positivo”, declarou o prof. Sílvio José de Queiroz, docente do curso de Enfermagem que atua no Samu desde os 18 anos.
Dentro do tripé do ensino, pesquisa e extensão, o professor supervisiona a Liga Acadêmica de Emergências Clínicas e Traumáticas, que conta com a participação de 16 estudantes do curso de Enfermagem. Eles acompanham as ocorrências juntamente aos enfermeiros das unidades de saúde, auxiliando nos primeiros atendimentos às vítimas no trânsito, além de proporcionar o transporte adequado. “Também trabalhamos em algumas escolas e mostramos como fazer os primeiros socorros para reduzir a morbidade, que são as sequelas deixadas nas vítimas”, pontuou.
A gerente de Comunicação do Detran Goiás, Cleybets Lopes, destacou a missão do órgão em estimular o desenvolvimento da educação no trânsito em Goiás. “Não adianta a criação de políticas públicas de melhoria nas rodovias se não houver uma mudança de comportamento no trânsito. É uma construção coletiva feita diariamente por nossas escolhas”, refletiu.
Presidente do Instituto Paz no Trânsito, Heloísa Neves da Rocha informou que a faixa etária que mais morre e mata no trânsito tem idade entre 18 e 29 anos. “É um público que não tem uma preocupação com um futuro muito distante. A intenção é trazer essas consequências para mais perto dos jovens. O que queremos são menos famílias dizimadas, pois quem perde é a sociedade como um todo”, disse.
Velocidade, álcool e uso do celular ao volante são as causas principais dos óbitos no trânsito. “Sabemos que a velocidade envolve uma questão de prazer, satisfação e poder, mas trabalhando a prevenção podemos erradicar este mal”, almeja a presidente do órgão. A iniciativa é da Triunfo Concebra, em parceria com os Institutos Triunfo, Paz no Trânsito e a universidade. A atividade é concomitante à exposição Brinquedos Órfãos, que continua aberta ao público até amanhã na Área 4 (Praça Universitária).
Fotos: Weslley Cruz