Palestra ‘Crônicas do IGPA’ fala sobre importância do acervo do instituto
Os estudantes do curso de Design participaram, na manhã desta terça-feira, 9, de uma palestra no auditório 1 da Área 2 da Escola Politécnica e de Artes denominada ‘Crônicas do IGPA’. A explanação, organizada pelo professor Marcos Costa de Freitas e proferida pelo professor Frederico Mael, do IGPA (Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia), falou sobre a qualificação das imagens, em que condições a vida é vivida enquanto se produz o registro histórico, entre outras coisas.
Um dos objetivos de Frederico Mael é falar sobre o outro lado da câmera e não sobre o filme oficial: “Vamos falar sobre a história das pequenas coisas, a história do mundo particular das pessoas que viveram a oportunidade de fazer essa documentação”, explica. Além disso, o professor destaca que a palestra será também oportunidade para mostrar para os estudantes do curso de Design objetos que fizeram parte da produção dos 26 documentários produzidos por Vicente Rios e Adrian Cowell.
15 ANOS DE CONVIVÊNCIA COM VICENTE RIOS E O VALOR INESTIMÁVEL DA PRODUÇÃO E DA MEMÓRIA
Honrado com a oportunidade de falar com propriedade sobre o assunto, o professor Frederico Mael destaca que a produção de Vicente Rios tem um valor inestimável para o acervo do IGPA: “Vamos mostrar também os equipamentos originais utilizados pelo Vicente para produzir os documentários (câmeras, microfone, gravadores), que ele usou por 30 anos na Amazônia. Vamos falar muito do Vicente. Um pouco do que eu ouvi dele em 15 anos dentro do IGPA. Eu faço parte da equipe que preserva o acervo. Hoje nós vamos trazer a memória dele”, declara.
O professor citou, dentro da obra de Vicente Rios, os filmes “A década da destruição”, “Montanhas de ouro” e o polêmico “Matando por terras”, exibido em 52 países, mas proibido de ser veiculado quando de seu lançamento no Brasil por conter uma série de denúncias que, inclusive, culminaram em ameaças à família do cineasta por anos.
Fotos: Wagmar Alves