Oficinas resgatam tradições do Cerrado

A Jornada da Cidadania da PUC Goiás é também espaço para um mergulho nas tradições do Brasil-Central. Na parte rural da Vila Cenográfica, que faz parte da Estação Povos do Cerrado, no Memorial do Cerrado, oficinas mostram como é a confecção da pinga, do caldo de cana, da rapadura e da farinha de beiju. No estande de couro, alunos do curso de Zootecnia da instituição mostram como é a produção de itens usados em fazendas, como arreios, laços e chicotes.

A movimentação de máquinas, como a moenda, e de animais chama a atenção do público. O gerente Clodoaldo Mota, 40 anos, registrou parte das oficinas pelo celular. Ele soube da realização da Jornada por meio de um irmão, funcionário da universidade, e pretende retornar para trazer o filho de 12 anos. “Apesar da minha idade, nunca havia visto como se faz pinga. Achei muito interessante”, disse.

O diretor do Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da PUC Goiás e um dos coordenadores da Estação Povos do Cerrado, José Rubens Pereira, explica que a intenção é valorizar a tradição regional. “As pessoas voltam ao tempo de seus pais, de seus avós. É raro encontrar um goiano que não conheça uma fazenda ou um pouco da vida no campo, mesmo que seja pela história oral”, frisou.

Aluno do 3º período de Zootecnia, Nathanno Guilherme, 19, atendeu o público no estande sobre selaria. Natural de Bela Vista e criado no campo, ele valoriza a produção manual dos produtos. “Hoje, objetos como chicotes, pinholas e arreios, são industrializados. Nós mostramos como é o acabamento manual. Também queremos mostrar como o produtor pode aproveitar melhor todo o animal”, destaca.

O evento

A Jornada da Cidadania mobiliza mais de 3 mil voluntários: é o maior evento comunitário da PUC Goiás realizado em conjunto com a Arquidiocese de Goiânia, de 24 a 27 de maio, no Câmpus II da universidade, incluindo as estruturas do Centro de Convenções PUC, Memorial do Cerrado e Complexo Poliesportivo.

Com a parceria do poder público, a instituição oferece centenas de serviços e atividades gratuitas nas áreas de saúde, meio ambiente, engenharia, cultura, educação e cidadania durante a programação, que inclui a Feira da Solidariedade e os Jogos Universitários, para a população carente da Região Metropolitana de Goiânia.

O público poderá contar com serviços gratuitos como exames, vacinas, expedição de documentos, assistência jurídica, doação de plantas, entre outros, nos três primeiros dias do evento. No dia 27, a Feira da Solidariedade e o Memorial do Cerrado estarão abertos para visitas.