Núcleo de estudos terá duas reuniões mensais

A partir deste mês, o Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros (Neab), do Programa de Estudos e Extensão Afro-Brasileiro (Proafro) da PUC Goiás, passa a realizar dois encontros mensais. O primeiro ocorre neste sábado, 5, na sala de apoio aos programas de extensão, no térreo da Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH), no Setor Leste Universitário, das 9h às 10h30. Já o segundo será realizado no dia 15, das 14h30 às 16h30, na Sociedade Goiana de Cultura (SGC). Em ambos será debatido o artigo O conceito de quilombo e a resistência cultural negra, da historiadora Beatriz Nascimento (foto acima).

A programação é aberta ao público geral e acadêmico e a participação vale certificado de horas complementares. Não é preciso realizar inscrição prévia.

O texto faz parte do livro Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento, publicado do pesquisador Alex Ratts, da Universidade Federal de Goiás. Na obra, o autor faz um resgate do trabalho de Beatriz e traz artigos escritos por ela entre entre 1974 e 1990, publicados em periódicos como Revista Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos, Afrodiáspora, Maioria Falante e Última Hora.

Historiadora, pesquisadora, poeta e ativista negra, Beatriz Nascimento ao longo de vinte anos, tornou-se estudiosa das temáticas do racismo e dos quilombos, abordando ainda a correlação entre corporeidade negra e espaço e as experiências de longos deslocamentos socioespaciais de africanos/as e descendentes, por meio das noções de “transmigração” e “transatlanticidade”. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1995, assinada aos 53 anos ao defender uma amiga do companheiro violento.