Mudanças no SINAES marcam abertura da Semana de Planejamento
A programação da 55ª Semana de Integração Acadêmica e Planejamento da PUC Goiás foi aberta no seu segundo dia com palestra sobre os 20 anos do do SINAES, tema central da programação do evento. Os gestores acadêmicos tiveram a oportunidade de ouvir o diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), doutor Ulysses Tavares Teixeira, que apresentou os avanços e as perspectivas de mudança da avaliação da Educação Superior no Brasil.
O evento foi realizado na manhã desta terça-feira, 6 de agosto, no Plenário da Reitoria. Também participaram da palestra os membros da Comissão de Avaliação Permanente da Universidade. Na abertura, a reitora da PUC Goiás, profa. Olga Izilda Ronchi, lembrou que o SINAES é um marco na história da educação brasileira e trouxe vários avanços. A temática escolhida para esta edição da SIAP busca reforçar os princípios estatutários da PUC Goiás com a educação integral humana e solidária. “Ao identificar desigualdades regionais e institucionais, o SINAES possibilita a implementação de políticas específicas que busquem reduzir essas disparidades.”
As mudanças que começam a ser implementadas no Sistema foram apresentadas durante a palestra na SIAP. De acordo com o doutor Ulysses, o cenário da educação superior brasileira mudou nos últimos 20 anos. Neste período, o Brasil passou de 1800 instituições de ensino superior para 2600, de 4 milhões para quase 10 milhões de matrículas. Segundo ele, ainda houve mais uma mudança significativa que foi o aumento da oferta de cursos à distância. “Então a gente precisa começar a reconhecer essas diferenças e dar um olhar mais específico, voltar para aquilo que cada instituição está se propondo a fazer. As mudanças são muito nesse sentido”, explica Ulysses.
Para ele, é preciso que os indicadores das avaliações não apontem somente para resultados das instituições ou dos estudantes, mas também para como estão sendo desenvolvidas as ações de pesquisa no âmbito da graduação, as atividades de extensão as políticas de acesso, de permanência e de conclusão do estudante. “Precisamos de uma maneira que a gente consiga caracterizar melhor a ação dessas instituições e dos cursos de graduação.”
A primeira mudança começa com o ENADE, já em 2024, com os cursos de licenciatura. As provas do exame que avalia os estudantes de graduação ao final de cada curso serão no dia 24 de novembro. “Vai ser uma prova com bastantes novidades. A gente mudou a matriz de referência do exame para produzir resultados que possam ser comparados e para monitorar a evolução, o progresso de curso.” Pela primeira vez o ENADE vai também realizar a avaliação de habilidades e competências práticas dos estudantes em seus estágios supervisionados nas escolas de educação básica.
Para a professora Luciana Machado, coordenadora Pedagógica da Pró-Reitoria de Graduação, as mudanças impactam no ensino e também nos resultados dos nossos estudantes. Desde o ano passado a Escola de Formação de Professores e Humanidades, responsável pelos cursos de licenciatura, já se prepara para as novidades do ENADE. “Nós, como professores, temos que estar diretamente antenados com essas informações para que a gente possa tratar desses assuntos internamente junto as escolas e nos preparar da melhor forma possível”.