Mesa-redonda aborda negritude na escola
Em caráter itinerante, o II Simpósio de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros continuou na noite desta segunda-feira, 19, com a mesa-redonda Comunidades negras e escola: como se integrar?, no auditório 2D da Área 2.
Mediada pela professora Fátima Regina Almeida de Freitas (Proafro), a mesa contou com a participação dos professores Uene José Gomes (PUC Goiás), Domingos Barbosa [Dumas] (PUC Goiás) e Francisco Alves Barbosa (Seduce).
“O formato itinerante e com programação em diferentes gêneros, como as conferências, mesas e grupos de trabalho (GTs) são uma novidade dessa edição”, explicou a professora Rosemary Francisca Neves Silva, coordenadora do Programa de Estudos e Extensão Afro-Brasileiro (Proafro) da PUC Goiás e organizadora do evento.
“É também uma ousadia trabalhar as relações do corpo negro entrelaçados com os contextos da educação e da religiosidade, mas é pertinente e necessário, dado o impacto que esses contextos têm na vida da população negra”, lembra.
É o que prova a história de vida da acadêmica de História Esdrane da Silva, 23, que viu sua identidade negra ser atacada por um colega de trabalho. “Trabalho com cosméticos e, nesse lugar, tive uma discussão bem fora do normal, de irmos para a delegacia, por conta dos xingamentos”, explica ela, ao lembrar como uma demonstração equivocada de um produto feita por outro funcionário da loja onde trabalha virou caso de polícia por conta do racismo. “É algo que me deixa muito desconfortável de lembrar e falar, mas racismo não tem justificativa”, posiciona-se.
A segunda edição do seminário segue até amanhã, quando passará pela Escola de Gestão e Negócios e pela Escola de Formação de Professores e Humanidades. A expectativa é que, no novo formato, o evento seja realizado anualmente na universidade.