Memorial do Cerrado atrai público diverso em busca de reverenciar tradições
O Memorial do Cerrado é uma das grandes atrações da Jornada da Cidadania. O museu à céu aberto atrai grandes e pequenos em busca de saber mais sobre as tradições e a preservação do bioma Cerrado. Milhares de pessoas visaram o complexo gratuitamente, desde a Vila Cenográfica Santa Luzia, com as construções típicas dos séculos XIX e XX, a reprodução de uma fazenda do interior de Goiás, de um quilombo e de uma Aldeia Timbira. Entre os visitantes, diversas escolas municipais que levaram turmas inteiras para conhecer o espaço e participar das apresentações culturais.
Na Estação, o público pôde conferir a cozinha de uma casa típica de fazenda funcionando com o fogão à lenha aceso e uma galinhada sendo preparada para o almoço da sexta-feira, 24, em outra área foi feito o beiju da maneira tradicional com a massa de mandioca preparada na hora e, na igrejinha, a folia de Reis era cantada por um grupo tradicional.
A auxiliar Divina Lourenço de Oliveira não perde uma Jornada da Cidadania e adorou quando soube da volta da programação. Para ela, o Memorial do Cerrado é a sua parte favorita e faz recordá-la da sua infância na fazenda Uruana. “Eu acho rico demais. É perfeito e mantém viva a nossa memória”, conta ela, que participou dos dois dias da programação.
Para a aposentada Sueli Pereira da Silva, a Jornada é a oportunidade de ensinar o que aprendeu com os pais: a arte de fazer beiju, que muitos hoje conhecem como tapioca. “É muito bom reviver os momentos de antigamente, dos nossos pais e dos nossos avós”, conta ela. O beiju é feito durante a Jornada e distribuído para o público que se encanta com a arte culinária.
A diarista Valdicrene Aparecida da Silva aprendeu com dona Sueli como fazer beiju e agora também ensina aos mais jovens a receita para manter viva a tradição goiana. As duas já participam desde a primeira Jornada da programação.
Mudas
Outra atração no Memorial do Cerrado foi a Estação da Sustentabilidade com a exposição de práticas sustentáveis que podem ser reproduzidas pela comunidade em casa, desde o reaproveitamento de produtos recicláveis até alternativas de trabalho e renda. Também foram distribuídas mudas e adubo orgânico para os visitantes.
Segundo o professor Roberto Malheiros, coordenador do Núcleo Escola Aberto do Instituto do Trópico Subúmido da PUC Goiás, o objetivo é incentivar que a população plante mais e cuide do meio-ambiente. “A recepção é muito boa. As pessoas gostam de receber as mudas e orientação”, garante. Só no primeiro dia da Jornada foram distribuídas mais de 700 mudas e mais de 400 quilos de humos e 200 litros de biofertilizante.
Fotos: Wagmar Alves