Jovens do Ensino Médio apresentam pesquisas na universidade
Pesquisas sobre autismo, anorexia e bulimia, doação de órgãos, aborto, distúrbios psicológicos, vacinação no século XXI, entre outros temas, foram apresentadas nessa terça-feira, 15, no hall da Escola de Ciências Sociais e da Saúde, por 50 estudantes do Colégio Professora Yolanda, do Jardim Guanabara, durante o primeiro dia do V Congresso de Ciência e Tecnologia da PUC Goiás. Com a exposição de banners científicos, os alunos socializaram seus conhecimentos com a comunidade acadêmica provando que, antes do ingresso no ensino superior, já têm contato com a metodologia científica.
A escola, que é parceira do projeto PUC Portas Abertas – da Comissão de Admissão Discente (CAD) da universidade, realiza há quatro anos o projeto Iniciação à Jornada Científica, cujo objetivo é promover uma iniciação à pesquisa científica, de forma que os estudantes investiguem assuntos além da sala de aula, realizando pesquisa de campo. Após cumprir toda a metodologia exigida pela investigação de cunho científico, a apresentação ao público é a etapa final.
“Os estudantes ficam um ano estudando o tema e, pela primeira vez, estão apresentando seus trabalhos em uma universidade. Com certeza é uma experiência sem igual, fundamental na formação”, avalia a diretora pedagógica do colégio, profa. Cristiane dos Santos.
Além da eloquência ao expor os trabalhos, os adolescentes também mostraram convicção em relação ao futuro curso que pretendem seguir na universidade. De olho na área da Biomedicina, a jovem do 3º Ano, Karolyne Silva Fonseca, juntamente com seu grupo de colegas, desenvolveram pesquisa sobre a inclusão de crianças autistas na escola. Além de analisar a problemática, o grupo trouxe sugestões e motivou uma reflexão sobre princípios, entre eles, a relevância do acolhimento à criança não só por parte da equipe escolar, como também de toda a sociedade.
“É um tema que envolve todo mundo. É preciso ter empatia e respeito à diversidade, então pesquisamos sobre as dificuldades na promoção da inclusão. As escolas precisam estar preparadas, com equipe multidisciplinar e apoio à família do autista. Abordamos também sobre a importância do diagnóstico precoce para que a criança possa se desenvolver”, justificou a estudante.
O valor da experiência
Em pleno Dia dos Professores, 15 de outubro, data que coincidiu com as atividades do Congresso, o grupo de estudantes foi incentivado e supervisionado pelo corpo docente do projeto e, também, da CAD. Com palavras de incentivo e olhares atentos à explanação dos jovens, a professora de Língua Portuguesa, Patrícia Lelis e o professor Cássio Rodrigo, coordenador do projeto, demonstraram o quão recompensador é participar de uma experiência assim.
“O projeto é trabalhoso, penoso, mas é um ganho para a vida, para a pesquisa e o conhecimento. Ficamos felizes quando percebemos que os alunos também começaram a orientar sua vida a partir de um trabalho que surgiu dentro da sala de aula. Algo que parecia tão simples, mas que ganha uma grande importância, na medida em que tem uma relação direta com a própria vida”, analisaram.
Fotos: Wagmar Alves