Jornada de Iniciação Científica movimenta escolas
A quinta-feira, 17, foi o dia escolhido para que centenas de acadêmicos de graduação aprensetassem os resultados alcançados em suas pesquisas na graduação, durante a 20ª Jornada de Iniciação Científica da PUC Goiás. O evento integra a programação do 4º Congresso de Ciência e Tecnologia da universidade e envolveu acadêmicos bolsistas e voluntários ligados a projetos de pesquisa em todas as escolas da instituição.
Prestes a se graduar no curso de Enfermagem e já se preparando para editais de mestrado, a jovem Cecília Maria Barbosa de Sousa não se intimidou ao ser a primeria a se apresentar em uma das salas da Escola de Ciências Sociais e da Saúde, mesmo sendo avaliada e tendo a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa na plateia. “Eu sempre gostei muito de trabalhos de pesquisa e tenho muita vontade de iniciar uma carreira acadêmica como pesquisadora e docente”, afirma. “Eu já me apresentei várias vezes em congressos, mas ainda fico um pouquinho nervosa”, admite. Aplaudida por sua segurança, a bolsista do Programa de Iniciação Científica do CNPq (Pibic/CNPq) ao público os resultados alcançados com a investigação Infraestrutura hospitalar: um desafio frente à higienização das mãos pelos profissionais, assunto ainda polêmico e problemático entre profissionais de saúde. “É um grave problema de saúde pública, que pode aumentar custos e o tempo de permanência em unidades hospitalares”, frisou.
Do outro lado da Praça Universitária, na Escola de Artes e Arquitetura, a acadêmica do 9º período de Arquitetura Jéssica Felter se preparava para apresentar os resultados da investigação Restauro digital arquitetônico do Grande Hotel: o primeiro edifício implantado na nova capital. A pesquisa, conduzida com orientação da professora Anamaria Diniz Batista e bolsa do Programa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do CNPq (Pibiti/CNPq), buscou respostas para as diferenças sabidas hoje entre o projeto original e o resultado atual de um dos prédios mais emblemáticos e históricos do centro de Goiânia. A análise foi possível graças ao trabalho em softwares e ao acesso às plantas originais. “Foi curioso perceber que o prédio foi projetado de um jeito e construído de outro. Descobrimos muitas incoerências”, adiantou.
A jovem, que também vislumbra iniciar o mestrado em breve, já inicou uma nova etapa de sua jornada: a investigação científica, dessa vez com bolsa do Pibid/CNPq. “Não vou dizer que é fácil, mas é muito bom trabalhar com pesquisa”, frisa. Fato curioso é que a professora que a orientou em seus projetos foi, também, sua inspiração para começar a se ver como pesquisadora. “A minha primeira inspiração foi a professora Anamaria, em uma aula no quinto período. Ela nos falou de pesquisa e das vagas de Iniciação Científica e isso acabou me despertando muito interesse”, lembra.
Fotos: Weslley Cruz