Instituto completa 29 anos de trabalho em prol do Cerrado
Criado no dia da Árvore, 21 de setembro, o Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da PUC Goiás é um marco do compromisso da universidade com o Cerrado. Nesta terça-feira, 21, o Instituto completa 29 anos de atuação em Goiás com foco no estudo e na pesquisa do bioma e tendo como principal destaque o Memorial do Cerrado, que é um museu à céu aberto em celebração à cultura dos povos originários, indígenas e quilombolas. A celebração será às 10 horas, com plantio de mudas no Câmpus II, Jardim Mariliza.
Às vésperas do 30º aniversário, o ITS ampliou sua atuação na comunidade e dentro da universidade com a oferta de cursos, visitas monitoradas de escolas e doação de mudas para viveiros. São realizadas oficinas de preparação de mudas, recuperação de nascentes, que ensinam a fazer horta em casa e compostagem, entre outras atividades, com a participação de acadêmicos da universidade.
Além disso, passou a oferecer assessoria em projetos de recuperação de áreas degradadas e a auxiliar no replantio de árvores na região. “Em determinadas datas, nós fazemos doação de mudas, que são cultivadas no viveiro, na tentativa de contribuir com o reflorestamento de Goiânia e região”, explica o diretor administrativo, José Rubens Pereira.
Extensão
Para a coordenadora acadêmica no ITS, Nicali Bleyer, o aniversário do Instituto neste ano é um marco muito importante por serem quase 3 décadas de discussões e estudos de temas referentes ao bioma Cerrado. Ela cita como o desmatamento do Cerrado tem atingido os moradores da região Centro-Oeste com os problemas climáticos, os altos índices de queimadas e o baixo nível dos reservatórios de água. “O papel do Instituto, trabalhando diretamente com a comunidade, se revela na necessidade do amplo diálogo comunitário. Um diálogo também junto à formação integral dos acadêmicos da PUC Goiás, para que se possa tentar daqui para frente não só refletir sobre o Cerrado, mas tentar implementar práticas a curto e médio prazo, para que possamos a longo prazo ter um efeito melhor que vemos na situação atual”.
Memorial do Cerrado
Como um dos projetos do ITS com mais visibilidade para a sociedade goiana, o Memorial também completa 29 anos. Eleito em 2008 o local mais bonito de Goiânia, o complexo apresenta as diversas formas de ocupação do bioma e os modelos de relacionamento com a natureza e a sociedade
No Memorial foram criadas uma réplica de um quilombo e de uma aldeia Timbira. No quilombo, o sítio geográfico mostra como eram as ocupações das populações africanas ou afro-brasileiras que fugiram da escravidão. Já aldeia indígena tem o formato circular, na qual cada casa tem um caminho de acesso ao pátio e segue o modelo Timbira.
Na Vila Cenográfica Santa Luzia, foi realizada a construção, em tamanho original, dos primeiros povoados de origem colonial portuguesa na região central do Brasil, que representa o início da povoação do estado goiano no final do século XVIII. A vila conta com espaço urbano e rural, com réplicas de fazendas e oficinas rurais.
Também fazem parte do Memorial o Museu de História Natural, com painéis e cenários com a história evolutiva do planeta e do bioma. Entre os destaques estão os fósseis com até 600 milhões de ano.
(Texto: Eliani Covem/Assessoria da Proex)