Iniciativa Politeia reúne mais de mil estudantes no Teatro PUC

Bem-sucedida em sua primeira edição, em outubro passado, a Iniciativa Politeia foi ampliada este ano. Com mais de 1.200 participantes em duas sessões, a segunda edição do evento foi realizada nesta sexta-feira, 27, no Teatro PUC, Câmpus V.

Para despertar discussões interdisciplinares sobre direitos humanos, a iniciativa conta com o apoio de linguagens artísticas como o cinema e o teatro. Nesta edição, foi exibido o filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, cedido pela Pandora Filmes especialmente para o evento. Durante a sessão da manhã, o debate também foi precedido pela performance Pra que lona nesse circo?, do grupo de teatro Arte & Fatos, da universidade.

“Nosso objetivo é trazer, de forma lúdica, essa reflexão sobre temáticas humanizadoras”, explica o vice-coordenador do curso de História e um dos idealizadores da iniciativa, professor Cleiton Ricardo das Neves. Sobre o sucesso alcançado entre os alunos da Escola de Direito e Relações Internacionais, onde o projeto foi iniciado, o professor atribui à abordagem metodológica, que possibilita outros olhares para as temáticas. “É uma demanda interessante, porque são elementos que saem do dia a dia em ‘sala de aula’ e conseguem tocar os estudantes de uma forma que só a arte é capaz”.

Além da apresentação do filme, o evento contou, nas duas sessões, com o debate de professores de diferentes áreas, trazendo visões plurais à questão. Entre eles, a professora Nuria Cabral, uma das idealizadoras. “O enredo [do filme] é muito interessante de ser discutido com os alunos, porque revela a real exclusão a partir de uma aparente inclusão. É algo muito comum no Brasil, que nem sempre essas pessoas, que estão inseridas nesse contexto, percebem”, ponderou. “Nosso objetivo é sensibilizar”, completou.

Realizada semestralmente na Escola de Direito e Relações Internacionais, a Iniciativa Politeia pretende chegar a outras escolas da universidade. A próxima será a Escola de Formação de Professores e Humanidades, ainda neste semestre. “A ideia é que se expanda para toda a universidade”, lembra o professor Cleiton, que também foi mediador do debate.

Fotos: Weslley Cruz