I Congresso de Direito Agrário, Ambiental e Urbanístico é realizado com sucesso
Com painéis temáticos sobre advocacia do agronegócio, inovações no agro, regularização fundiária, registro público e ambientalismo de livre mercado, o I Congresso de Direito Agrário, Ambiental e Urbanístico da PUC Goiás foi promovido com ampla adesão estudantil na quinta-feira, 27 de abril, no Teatro PUC (Câmpus V).
Promovido pela Liga de Estudos em Direito (LED), o evento reuniu 18 palestrantes oriundos da PUC Goiás, Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB Goiás), Prefeitura de Goiânia, entre outras instituições, para abordar assuntos não muito explorados dentro do Direito, mas que demandam profissionais para responder aos desafios contemporâneos.
Presidente da LED, a acadêmica do curso de Direito, Grace Kelly Gonçalves Barbosa, pontuou a relevância do agronegócio para o estado e para o País, além de destacar que essa área pode ser campo de trabalho para os futuros profissionais. Muito mais do que a questão econômica, o agronegócio precisa dialogar com outras esferas, como, por exemplo, a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento urbano.
“Tivemos um grande público, porque estamos trazendo esta vertente, que é tão importante para nossa formação. Trabalhamos muito nas áreas cíveis e penais, no entanto moramos em um estado que tem a vertente do agronegócio muito forte. Como gerar negócio, sustentabilidade e respeitar o meio urbanístico traz um diferencial para o estudante, sua formação acadêmica e profissional”, ressaltou.
Gerida por estudantes do curso de Direito, a LED traz uma proposta extensionista de trazer ao estudante uma formação completa, explorando temas extracurriculares para qualificar o processo de ensino-aprendizagem.
Um dos painéis do evento abordou a temática do ambientalismo de livre mercado e o desenvolvimento urbanístico, que reuniu expoentes do direito ambiental atuantes no munícipio e em escala internacional, entre eles, o doutor em Direito Ambiental pela Universidade de Limoges (França), José Antonio Tietzmann e Silva, docente do curso de Direito da PUC.
Em sua abordagem, o professor explicou que a proteção jurídica do meio ambiente demanda uma agenda que norteia as ações no plano internacional, nacional e individual, já que implica também em uma mudança de comportamento nos padrões de consumo e produção.
Ao citar a sigla em inglês ESG, que na tradução para a língua portuguesa significa meio ambiente, social e governança, Tietzmann explicou que esses temas têm ganhado muita visibilidade nos últimos anos, já que existe uma preocupação do mercado financeiro sobre a sustentabilidade.
“O mundo corporativo no geral tem progressivamente adotado uma agenda em nível amplo, no sentido de ter regras internas, que visam tanto promover uma série de questões relacionadas aos direitos humanos, trabalhistas, à temática ambiental, mas também num plano maior de pensar a viabilidade do negócio, mas no seio de uma sociedade que seja sustentável”, explicou.
Além das palestras, o Congresso também distribuiu mudas aos participantes, que foram doadas pela Prefeitura de Goiânia, a fim de incentivar a proteção ao meio ambiente.
Fotos: Ana Paula Abrão