Geografia inicia programação científica com exposição

O final do semestre é também momento de compartilhamento de experiências na Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH). Nesta terça-feira, 11, mais de 60 acadêmicos e seus professores participaram da primeira atividade da nona Semana Científica da Geografia, primeira edição do evento no novo formato, que integra o evento ao projeto da escola. Individualmente ou em grupo, os estudantes apresentaram trabalhos de pesquisa em formato de banner, para professores e transeuntes, no hall do prédio.

“Hoje, abrimos a programação com o já tradicional Projeto Integrador, que reúne esforços de alunos e professores nesse diálogo entre as disciplinas do módulo. O que temos aqui é o resultado desse trabalho envolvendo os módulos de natureza e da cidade”, explica a coordenadora, professora Ângela Dantas. Como explica a professora, toda a pesquisa e o evento é promovida em caráter interdisciplinar, um dos focos do curso. “Acreditamos muito em uma formação acadêmica com essa abertura para somar. Tem sido muito enriquecedor”, pontua. Como resultado da proposta, além de apresentarem trabalhos sobre aspectos antropológicos, biológicos e morfológicos ligados à Geografia, a discussão ainda será enriquecida com a conferência da arquiteta Maria Ester de Souza, amanhã, e com um sarau de poesias, músicas e encenações sobre ligados aos temas estudados no semestre, o Sarageo, na quinta-feira, 13.

A interferência humana

Entre os 53 trabalhos apresentados, alguns abordaram a biogeografia de epidemias como a raiva e a aids. “É interessante estudar a distribuição geográfica de animais e a ação antrópica [interferência humana, como modificações no ambiente] para entender o surgimento e os ciclos de transmissão dessas doenças”, pontuou o acadêmico Júnior Sanvier, 41, que apresentou sua pesquisa sobre a raiva. “Se observarmos, o planeta está interligado de uma forma muito dinâmica. A formação do planeta tem relação direta e indireta na disseminação dessas doenças, ou seja, podemos observar que determinados climas e regiões podem ser observados para explicar como as epidemias são causadas”, identificou o acadêmico Rogério de Freitas, 42, que apresentou trabalho, em grupo, a partir dos estudos na disciplina de geomorfologia.

Além de terem sido expostos e avaliados durante o evento, os trabalhos serão levados, no próximo semestre, a escolas públicas de Goiânia, para a discussão sobre a compreensão e prevenção de epidemias e os impactos das ações humanas nos nossos biomas, como os contantes prejuízos ao Cerrado.