Encontro debate biovigilância no processo de transplante

O Mestrado em Atenção à Saúde da PUC Goiás, com o apoio da Unifesp e da Capes, promoveu nesta terça-feira, 16, o I Encontro de Biovigilância de Órgãos e Tecidos para Transplante e Segurança do Paciente: qual o papel das instituições? Para debater o tema, foram convidadas as doutoras Bartira de Aguiar Roza, coordenadora do Grupo de Estudos em Doação de Órgãos e Tecidos e Transplantes da Unifesp, e Ana Maria Saut, membro do grupo Qualidade e Segurança em Serviços de Saúde e de Enfermagem da USP. A programação, realizada na Sala de Defesas da Área 4, é resultado da pesquisa de doutorado da professora do curso de Enfermagem, Leila Márcia Pereira de Faria.  

Voltado para estudantes e profissionais que lidam diretamente com transplantes nas unidades de saúde do Estado de Goiás, o evento trouxe a oportunidade de mostrar como a ciência pode, na prática, auxiliar na solução de problemas durante todo o processo que envolve o transplante de órgãos e tecidos. “A gente quer fomentar essa discussão aqui no meio acadêmico, com estudantes e professores, para buscar uma solução e discutir também a nossa prática, né? A nossa atuação nessa área, como que está hoje, o que é que a gente pode fazer para melhorar? O que é que a academia pode fazer para melhorar?”, afirmou a professora Leila, que também trabalha diretamente na Central de Transplantes de Goiás.  

De acordo com a profa. Vanessa Carvalho, coordenadora do Mestrado em Atenção à Saúde, a discussão permite compartilhar avanço das pesquisas científica com quem lida diariamente com transplantes. “Esta é uma linha de ação prioritária e sabemos que, no Brasil, precisamos melhorar essas condições, desde a autorização para o transplante até a própria condução.”  

Palestrante do evento, a professora dra. Ana Maria Sau, que é pós-doutoranda na Escola Politécnica da USP, trouxe para os participantes a importância dos conceitos gestão e mentalidade de risco. “Vamos mostrar que é possível mapear todo o processo, desde o início da identificação do potencial doador até o órgão que você colocou para a doação e identificar todos os problemas que podem ocorrer neste momento”, explica ela. A professora afirma que a prevenção destes danos reduz o impacto financeiro do transplante para as instituições de saúde e, principalmente, os danos para quem irá receber o órgão doado.  

Fotos: Weslley Cruz