Em apresentação única, A Farsa da Boa Preguiça movimenta Teatro Goiânia

Quando o Grupo Guará terminou a apresentação de A Farsa da Boa Preguiça no palco do Teatro Goiânia na última sexta-feira, 15, um grupo de adolescentes chamou a atenção por subir ao palco pedindo fotos e autógrafos para os atores. Vindos da Chapada dos Veadeiros, eles estavam em uma viagem de turismo educacional por Goiânia, como recompensa pelo bom resultado na Olimpíada de Humanidades de 2018 do IPEArtes/Seduce. A visita ao teatro em um dos dias vivenciados na capital, possibilitou o encontro com a peça, adaptada pelo grupo da PUC Goiás e programada em apresentação única no primeiro teatro fundado na capital goiana.

“Percebemos que, devido à distância, os alunos identificam mais Brasília como capital do que Goiânia. A ideia deste projeto é construir uma relação de afetividade com nossas goianidades, por isso o roteiro de viagem incluiu visita à nossa primeira capital, a cidade de Goiás, e a atual, Goiânia”, explica Luz Marina de Alcantara, diretora da Ciranda da Arte, projeto que coordena o Instituto de Pesquisa, Ensino e Extensão em Arte-Educação e Tecnologias Sustentáveis (IPEArtes). Instalada em Alto Paraíso (GO), o instituto atua nas seis cidades que compõem a região da APA Pouso Alto (Alto Paraíso, Cavalcante, Colinas do Sul, São João D’Aliança, Nova Roma de Goiás e Teresina de Goiás).

Foto: Ana Paula Abrão

No roteiro, que durou alguns dias, passaram pela cidade de Goiás e por Goiânia, conhecendo lugares importantes da cultura goiana e fazendo estudos etnográficos. Os 30 adolescentes que estiveram no teatro, são os vencedores da Olimpíada de Humanidades, onde ajudaram a desenvolver projetos de mudança nas escolas públicas onde estudam, voltadas para o desenvolvimento humanístico e artístico.

Retorno aos palcos

Para além dos expectadores adolescentes, a apresentação do Grupo Guará (CAC/Proex) encheu a plateia do Teatro Goiânia, que abre o ano cheio de atividades especiais. “É uma oportunidade de voltar a dar vida ao teatro, ocupá-lo sempre, até porque ele é um lugar de encontro”, explicou o diretor da peça, Samuel Baldani.

O resultado, além de reações ao longo de todo o espetáculo, que fala de ócio e caráter, veio com as longas palmas dadas de pé por todo o teatro, ao final. Agora, o grupo passa por outras quatro apresentações da peça em três cidades e deve serguir apresentando A Farsa e outras montagens. “É um produto da PUC Goiás que já está há quatro anos na estrada e eu, particularmente, fico muito feliz. Por mim, seriam vinte”, brinca Baldani. Vida longa ao teatro!

Fotos: Ana Paula Abrão