Educação popular pauta colóquio
A experiência de dois educadores em educação popular movimentaram a programação do IX Colóquio de Educação Popular e Cultura Popular realizado pelo Programa de Educação e Cidadania (PEC) da PUC Goiás na noite desta terça-feira, 11. Com o tema Diálogos com a alfabetização de Jovens e Adultos, o evento foi realizado no mini-auditório da Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH) da instituição, no Setor Leste Universitário, e reuniu estudantes de Pedagogia – entre eles voluntários do PEC – e de outras licenciaturas.
A profa. Leila Maria de Jesus Oliveira, educadora popular e doutoranda em educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) abriu a noite de palestras compartilhando as experiências de alfabetização de jovens e adultos na região do Paranoá, em Brasília.
Em seguida, o prof. Cleumar de Oliveira Moreira, que atua nos cursos de Letras e de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Inhumas, e da Faculdade Anicuns, apresentou o trabalho do grupo de estudos sobre Folia de Reis coordenado por ele na UEG.
Os pesquisadores estudam a manifestação cultural a partir de uma associação de foliões que existe em Inhumas – cidade em que Moreira coordena a comissão municipal de folclore – e que percorre os municípios e a região entre os meses de setembro e de dezembro.
A associação também tem uma escola de folia mirim, onde os alunos aprendem a cantar e a tocar instrumentos. “A partir disso, analisamos o papel da folia enquanto escola, no sentido de garantir a ordenação social, a disciplina. A inserção das crianças na folia é geracional. A folia é uma ocupação valorativa, encantada que tira o menino da rua justo porque suas manifestações acontecem em regiões periféricas e nos pequenos interiores”, explica Moreira, que também está à frente da comissão municipal de folclore em Inhumas.
Frentes de atuação
Coordenadora do PEC, a profa. Patrícia Loures explica que o programa, hoje, possui três frentes de atuação e que o colóquio integra ações articuladas que dialogam com os trabalhos. “A educação popular é um atendimento diferenciado, mais pontual [em relação à educação regular]. Hoje, temos aqui alunos de Pedagogia e de outras licenciaturas justamente para fundamentar nossas ações, com esse viés ensino, pesquisa e extensão”, ressalta.
Além do projeto de alfabetização de jovens e adultos, com aulas realizadas semanalmente na EFPH e com inscrições abertas durante todo o semestre, é realizado o projeto Candeia Acesa, cursinho preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ministrado na região Noroeste, e a Cidadania Digital. “A cultura popular permeia essas três frentes. E os princípios da educação popular são muito respeitosos com essa cultura”, frisa.
Fotos: Weslley Cruz