Down Show anima tarde na Área 5

Sorrisos e palmas invadiram o hall da Área 5 da PUC Goiás nesta quarta-feira, 22, por conta do Down Show. Promovido pelo Laboratório de Linguagem, ligado ao curso de Fonoaudiologia da universidade, o evento reuniu educandos ligados ao projeto, seus familiares, amigos, estagiários e estudantes do curso. O grupo também ganhou corpo com pessoas que passavam pelo local e escolheram assistir ao espetáculo, incluindo pessoas com os celulares a postos para gravações.

“Nossa intenção é valorizar esse lado artístico dos alunos. Trazer a arte e o esporte como evidência desse empoderamento que os coloca como protagonistas”, frisou a coordenadora do laboratório, professora Larissa Seabra Toschi.

Além de apresentações de dança, música e exposições de fotografias e gravuras, o grupo ainda fez uma demonstração de roda de capoeira. Em meio a palmas ritmadas, o instrutor Havaí conduziu o Zangão, a Arara, o Ninja, a Noiva, o Pardal e outros dos alunos atletas, cada um com o seu respectivo apelido. “Antigamente a capoeira era algo proibido, marginalizado. Por isso, surgiram os apelidos, para proteger os participantes. A tradição segue até hoje”, explica o professor ligado à Associação Paralímpicos do Futuro, chamado, na verdade, Pedro.

Atrás de todos as apresentações, a parede decorada com arte. O material foi feito pelos alunos com a orientação da artista plástica Tatianny Leão, em oficina ministrada no último dia 15, iniciado as comemorações ao Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março.

Para a presidente da Associação Down de Goiás (Asdown), Célia Vitorino Ferreira, instituição que apoia o evento e o projeto, a atividade desta tarde representa mais um passo em busca da quebra de preconceitos. “Tem sido um trabalho prazeroso para a Asdown. Nós sabemos que nossos filhos têm talentos e agradeço muito por eles terem esse espaço para mostrá-los”.

Integração

Na plateia, dona Gerci Moreira, que é mãe do aluno Henrique Moreira, acompanhava contente a apresentação do filho, que dançou forró ao som da música Xote da Alegria, do Falamansa. Além de apreciar o momento, ela fez questão de destacar a importância de projetos assim para o desenvolvimento do filho. “O Henrique está no Alfadown (projeto ligado ao Programa de Referência em Inclusão Social da PUC Goiás) desde o início, o que contribuiu muito pra socialização dele, a autoestima. Ele está muito mais feliz e faz tudo sozinho. Ele viaja, já ganhou várias competições de natação e é muito independente”, comemorou.

Próxima, Dalva Maia, mãe da aluna Flaviane Maia, que faz parte Projeto Laboratório de Linguagem, relatou que a filha estava distante do projeto, mas resolveu retornar. “Ela começou a ter uma regressão na fala, então resolvemos voltar para o projeto porque com o acompanhamento ela fala melhor, é mais fácil compreender”, explicou. Agora que retornou, Flaviane terá muito o que conversar com seus colegas de turma. A universidade atente, semestralmente, cerca de 30 educandos no Laboratório de Linguagem e outros 60 por meio do Alfadown, projetos voltados para pessoas com Síndrome de Down, em diferentes idades.

*Com a colaboração de Karine Almeida, estagiária de Jornalismo da Dicom/PUC Goiás.


Fotos: Wagmar Alves


Fotos: Gabriel D’Alexandria


Fotos: Laboratório de Linguagem