Comunitárias discutem extensão universitária no Brasil

Teve início nesta segunda-feira, 7, a 23ª edição do Encontro Nacional do Fórum Nacional de Extensão e Ação Comunitária das Universidades e Instituições de Ensino Superior Comunitárias (ForExt), no Plenário da Reitoria da PUC Goiás.

Sobre a escolha da sede para a edição, o presidente do ForExt, Josué Adam Lanzier, destacou a alegria pela realização na universidade. “Há algum tempo estávamos planejando fazer nosso encontro nacional no Centro-Oeste, inclusive nesta instituição. Temos, aqui, neste evento, representantes de todas as regiões em busca de articular extensão, inovação, pesquisa, ensino e, acima de tudo, articular esperanças”.

Ao dar as boas-vindas aos participantes, o reitor da PUC Goiás, Wolmir Amado, comentou a força e a importância das ações extensionistas de instituições de ensino comunitárias e confessionais para o desenvolvimento do país, principalmente no contexto atual. “Estamos aqui em um momento de redefinição, de aprofundamento, de encontrar caminhos. É um momento decisivo na história”, explicou.

O contexto histórico também foi lembrado pela pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da universidade, Marcia de Alencar Santana. “É uma grande honra para a nossa universidade recebê-los aqui em um momento em que devemos repensar a extensão no nosso país. Neste momento, reforçamos a certeza do papel que as instituições comunitárias desempenham na formação dos jovens brasileiros e em suas comunidades”.

Representantes da  Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc),  Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec), do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung) participaram da solenidade.

Foco na interdisciplinaridade

O tema central do evento, Articulações entre Extensão, Pesquisa e Inovação, subsidiou a conferência de abertura, ministrada pelo professor doutor Arlindo Philippi Junior, da Universidade de São Paulo (USP).

Em sua fala, o professor destacou a extensão universitária como o espaço de conexão com a comunidade e convidou os presentes a repensarem suas formas de trabalho com a juventude, destacando a força da interdisciplinaridade no processo formativo. “Se olharmos hoje, nenhuma instituição de ensino de ponta no mundo consegue superar esses desafios se não pela interdisciplinaridade”, explica.

Entre as principais vantagens do modelo interdisciplinar, a exigência de cooperação entre as disciplinas e o trabalho olho no olho foram considerados pontos de fortalecimento do humanismo nas relações de ensino e trabalho. “A interdisciplinaridade é a articuladora das ciências. Com ela, nós temos a transferência de métodos de uma área para a outra, gerando novos métodos”, explicou Philippi sobre o surgimento da inovação nesse processo.

A programação segue amanhã, com palestra do professor doutor Vicente de Paula Almeida Junior, da Diretoria de Políticas e Programas de Graduação (DIPES/SESu) do Ministério da Educação (MEC). Após, às 15 horas, tem início a 18ª Assembleia Nacional do ForExt, encerrando as atividades.


Fotos: Wagmar Alves


Fotos: Weslley Cruz