Comitê Chico Mendes e IGPA discutem parceria

O Instituto Goiano de Pré-Historia e Antropologia (IGPA) da PUC Goiás recebeu na tarde desta segunda-feira, 20, a visita da coordenadora do Comitê Chico Mendes, Angela Mendes. Filha do ativista ambiental que dá nome ao comitê, Angela buscou no instituto imagens de acervo para fortalecer ações e atividades voltadas à educação ambiental e discussão de pautas de proteção neste ano, quando o país completa 30 anos da morte de Chico.

“Todo ano celebramos e rememoramos sua luta, para que toda essa defesa da floresta ela se mantenha por todas as gerações”, explica. Sobre o acervo, a coordenadora indica que será utilizado em um documentário comemorativo. “O IGPA tem uma meterial muito importante para a gente e para o movimento socioambiental como um todo, que é o acervo que o Adrian [Cowell] deixou aqui sobre responsabilidade do instituto. Consideramos que as imagens mais reais foram feitas por ele”. Sobre os regristros que incluem o pai, considera serem os melhores já feitos. “Qualquer material que a gente venha a fazer é incompleto se ele não tiver essas imagens”.

Para além das ações para a Semana Chico Mendes, de 15 a 22 de dezembro, Angela assinala a possibilidade e o interesse de contar com o instituto e a universidade como um todo para ações e divulgações conjuntas, sobretudo com foco na população jovem. “O próprio Chico deixou um testamento para os jovens. A esperança que ele tinha era que os jovens, especificamente dessa década, pudessem perseguir essa revolução”, reflete.

Personagem da história do Brasil com legado reconhecido internacionalmente por sua luta em defesa dos direitos humanos dos povos da floresta, Chico Mendes foi morto em 1988 em uma emboscada. A repercussão do caso gerou mudanças importantes no país, como a criação das primeiras reservas extrativistas, no início da década de 1990, buscando eliminar conflitos e valorizar a floresta, em um modelo de sustentabilidade que visa contemplar a floresta e seus habitantes.