Com foco em idosos sem mobilidade, nasce o projeto AMor

O pedido de ajuda da Pastoral da Pessoa Idosa, em Goiânia, gerou uma mobilização inédita na universidade. Com a junção de acadêmicos e professores de diferentes áreas gerar soluções para o caso do sernhor Miro, nas proximidades do Câmpus II da universidade, nasce o projeto Ações em Moradia (AMor), do Programa de Gerontologia Social.

Iniciado em dezembro, visitando o local onde o idoso mora com sua companheira e pensando em soluções de mobilidade, o programa ganhou, na última semana, o reforço de sua primeira equipe de voluntários. “O Miro é um senhor que tem uma perna amputada, anda de cadeira de rodas, mas estava meio jogado, sem cuidados básicos de higiene e saúde. Sua companheira faz uso de drogas e, ele próprio, também tem o vício da bebida”, explica a professora responsável pelo projeto, Luri Sabina.

A partir dessa experiência, a professora pensou em um projeto que reúna pessoas em torno da transformação da qualidade de idosos em situração de vulnerabilidade social. Seu Miro será o primeiro. Além de procurarem soluções para o espaço físico – no caso em questão, falta acessibilidade na casa, que não foi pensada para um idoso cadeirante – o grupo também dará suporte psicológico em suas visitas. “Digo que cada um aqui será um ‘agente do amor’, pessoas que irão trabalhar o emocional, dar amor, conversar, confortar”, explica a professora. O aspecto emocional será improtante, principalmente, para os cuidadores. “Às vezes a pessoa está sobrecarregada, precisa ouvir palaras de conforto e ser ouvido”.

Voluntários

Para este primeiro semestre de atividades, 15 estudantes se inscreveram como voluntários. Entre eles, a acadêmica de Engenharia Mecatrônica Thaís Cunha, 20, presente desde a primeira atividade, em dezembro. “A professora começou a falar em sala de aula e pensei em ajudar”, diz. A experiência não é a primeira com idosos. “Morei com meus avós e moro, hoje, com um casal de idosos, amigos da família”, explica.

Quem também irá ajudar é a acadêmica de Enfermagem Kamilla Rayane, 20, que participa da Liga do Idoso. “Fiquei muito interessada, porque é a área que quero atuar. Já cuidei do meu avô e hoje estou na liga. O trabalho que desenvolveremos aqui é diferente, vai complementar muito a formação”, afirma.

Toda ajuda é bem-vinda

Passado o período inicial de organização do grupo, toda ajuda será bem-vinda para a concretização das melhorias. “Nós pensamos o que pode aumentar a qualidade de vida desses idosos e corremos atrás de pessoas que possam nos ajudar com doações de trabalho, tempo, materiais, tudo”, explica a professora. Existirá, em breve, o cadastramento de parceiros e voluntários. A Pastoral também irá indicar novos casos de idosos sem mobilidade agora que o projeto saiu do papel.

Tem interesse em ajudar com algum material (sobra ou novo), com trabalho ou como voluntário? Entre em contato com o programa pelo e-mail pgs.pucgoias@gmail.com ou pelo telefone: (62) 3946-1064.