Serviço Social comemora 40 anos do “Congresso da Virada”
Há 40 anos, a terceira edição do Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, em São Paulo, mudou a história do Serviço Social para sempre, no Brasil. Desde então, a profissão e a atividade acadêmica ligadas ao curso são marcadas por fortes pautas do movimento trabalhador, comprometidas com direitos fundamentais. A situação foi relembrada no auditório da Área 1 na noite desta terça-feira, 27, com uma aula inaugural especial reunindo a professora Walderez Loureiro Miguel, que lançou livro durante o icônico congresso de 1979, a professora Denise Carmen de Andrade Neves, que participou do evento como estudante, e membros do movimento estudantil atualmente.
“Ele é conhecido como ‘Congresso da Virada’ porque rompe mesmo com o Serviço Social conservador que estava estabelecido até então no Brasil, com base nos modelos americano e europeu. Com a virada, passamos a ter uma área comprometida com as causas da classe trabalhadora e com muita pesquisa”, explica a professora Carmen Paro, coordenadora do curso de graduação na PUC Goiás. Com relatos, fotos e documentos, o momento foi de resgate do passado para a prospecção do futuro e contou com estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e supervisores de área.
“A minha intenção é compartilhar e ver até onde esses estudantes de hoje tem a leitura desse passado, que é recente”, confessa Walderez. Dividindo mesa, a presidente do Centro Acadêmico, Gabriel Alves, comemora. “Acho importante esse resgate histórico para que a gente possa avançar”.
Uma nova edição do congresso ocorre este ano, entre o final de outubro e o começo de dezembro. Nele, 18 trabalhos de estudantes, pesquisadores e professores do curso serão apresentados, em Brasília.
Fotos: Weslley Cruz