Aula aberta sobre consciência crítica lota teatro do Câmpus 5
Objetivando reunir os alunos da Escola de Direitos, Negócios e Comunicação (EDNC) para uma reflexão sobre o tema: ‘Preste atenção em quem manda e o que você tem a ver com isso – exercendo a consciência crítica no Brasil no século XXI’, a diretora da EDNC, professora Ana Flávia Mori Lima Cesário Rosa, convidou o professor Enzo de Lisita, mestre em Direito e jornalista; o CEO da empresa Qualitatis Ltda, Igor Montenegro, e o vice-presidente e corregedor do TRT 18ª Região, desembargador Eugênio José Cesário Rosa para uma exposição no Teatro PUC, na manhã desta sexta-feira, 24.
Além da reflexão política dos alunos, a professora Ana Flávia Mori Lima Cesário Rosa considerou que a aula aberta visa também promover o acolhimento dos alunos dos 7 cursos de graduação presenciais, do EAD e do curso de mestrado: “É uma aula aberta para toda a comunidade acadêmica. Trabalhar temas contemporâneos de interesse da comunidade despertar a reflexão política dos nossos estudantes. É complexo, desafiador, mas é importante saber se posicionar”, afirmou.
Durante toda a exposição, o teatro permaneceu lotado de estudantes e docentes e quem primeiro fez uso da palavra foi o professor Enzo de Lisita que, em sua fala, destacou a importância da democracia como regime político pelo fato de, entre outros tantos motivos, permitir a crítica e citou que a imprensa, que já foi denominada de quarto poder, também tem profunda relevância nesse contexto.
Egresso do curso de Direito da então Universidade Católica de Goiás, Igor Montenegro já passou pelo mercado de trabalho em muitos cargos em funções, inclusive, como advogado. Hoje, na condição de CEO da empresa Qualitatis, Igor fez uma série de questionamentos à plateia, trouxe dados macroeconômicos, como o valor do PIB do Brasil ($2 trilhões) e fez duas sugestões trazidas da sua trajetória profissional: abraçar a inovação e buscar a transformação que se pretende ver no mundo começando de si mesmos.
Quem encerrou a explanação foi o desembargador Eugênio José Cesário Rosa. Com 46 anos de serviço público, sendo 33 deles dedicados à magistratura, Eugênio disse que considera mágicas duas palavras: perseverança e disciplina, já que, foi lançando mão destes expedientes que conseguiu lograr êxito em sua vida profissional.
Falando sobre o tema da aula aberta, o desembargador fez uma breve digressão histórica, explicando que o Estado Democrático de Direito existe desde 1787 e que o poder é racional e deve ser exercido de forma equilibrada, emanada do povo e em nome dele exercido.
Em seguida, falando sobre sua atuação como magistrado, explicou que cabe ao operador do direito, nos casos em que a norma é de enfoque aberto, integrá-la ao valor necessário para sua aplicação: “Diante do caso concreto, as circunstâncias devem ser sopesadas e as situações analisadas de acordo com as suas peculiaridades. Agindo assim, o operador do direito, em geral, pode muito contribuir para efetivamente melhorar a percepção de justiça na sociedade”, afirmou. Eugênio citou também a importância da jurisprudência como fonte de proteção e confiança na ordem jurídica e referiu, inclusive, que em situações mais controversas, acaba sendo a fonte primária do direito.