Arqueologia ganha força no país com regulamentação profissional
Por intermédio de produções televisivas e cinematográficas, a Arqueologia se popularizou no Brasil no final do século 20, mas, ao mesmo tempo, sofreu com a inexistência de vestibulares para o curso por mais de duas décadas. Com a abertura da primeira turma no Centro-Oeste pela PUC Goiás, em 2006, após nenhuma vaga ser oferecida no Brasil por 25 anos, caminhos se abriram para a formação de novos pesquisadores e profissionais, que fortaleceram e ampliaram a área no país. Agora, após anos de reivindicações, a profissão de arqueólogo foi regulamentada no Brasil. A Lei 13.653/2018, sancionada e publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira, 19, apresenta as novas exigências para os profissionais que trabalham com a cultura material no país.
A novidade foi comemorada por pesquisadores e entidades ligadas à área na última semana. Coordenadora do curso de graduação em Arqueologia na PUC Goiás, a professora Loriza Dantas entende a nova lei como “de suma importância no processo de valorização das atividades desenvolvidas por estes profissionais”. Entidade representativa no país, a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) também comemorou. “Esta é uma antiga aspiração da comunidade e uma conquista coletiva de gerações de arqueólogas/os que juntas ousaram sonhar para que este projeto se tornasse realidade”, diz em nota pública.
A coordenadora, que também é egressa da primeira turma do curso em Goiás, na PUC, relembra ainda o impacto da ação da universidade no processo de fortalecimento da profissão no país. “Em consonância com as discussões sobre a importância de se criar novamente cursos de graduação em Arqueologia no Brasil, a PUC Goiás dá início, em 2006, às atividades do curso”, contextualiza. A graduação já formou 106 profissionais, que atuam em todo o país, e abriu caminho para que o curso fosse oferecido em outras regiões. Atualmente, o curso da PUC Goiás é o único da área com nota máxima na avaliação do MEC.