Aprender a Pensar tem oficina antirracista para voluntários
Na última quinta-feira, dia 9 de maio, voluntários do Projeto Aprender a Pensar, integrante do Programa de Inclusão Social da PUC Goiás, participaram de uma enriquecedora oficina sobre educação antirracista. O evento teve lugar na Escola de Formação de Professores e Humanidades e foi resultado de uma colaboração com o Coletivo As Geninhas. Este coletivo reúne professoras do Instituto Federal de Goiás, Universidade Federal de Goiás e Secretaria Municipal de Educação, todas engajadas na promoção de uma educação pública mais inclusiva e antirracista.
O objetivo principal da oficina foi capacitar os estudantes voluntários para levarem instrumentos de enfrentamento ao racismo para as salas de aula das três escolas públicas atendidas pelo projeto. A coordenadora do Projeto Aprender a Pensar, professora Júlia Pageon, destacou a importância dessa capacitação para promover um ambiente e uma atitude antirracista entre as crianças, trabalhando competências e valores socioemocionais.
A iniciativa, segundo a coordenadora do Programa de Inclusão Social da PUC, profa. Poliana Ribeiro, busca ampliar o conhecimento sobre relações étnicas e raciais para atender às demandas dos alunos nas escolas públicas. A oficina proporcionou aos voluntários, provenientes de diversos cursos, novos recursos para serem aplicados nas mediações pedagógicas durante o projeto, visando a um combate mais efetivo ao racismo.
Uma das ministrantes da oficina, a professora Cecília Maria Vieira, do Coletivo As Geninhas, enfatizou a importância de conhecer a Lei 10.639, que promove a cultura afrobrasileira na Educação Básica, como um instrumento essencial para combater o racismo. Durante a oficina, foram apresentadas ideias e instrumentos úteis para a formação antirracista, incluindo livros, músicas, bonecos e outros elementos que contribuem para a construção de uma identidade negra nas crianças.
Para os participantes, como o calouro de Psicologia Pedro Henrique Lopes Carvalho, o voluntariado no Projeto Aprender a Pensar representa uma oportunidade de contribuir para um ambiente escolar mais inclusivo e antirracista. Pedro destacou a importância de adquirir recursos para auxiliar os estudantes no enfrentamento do racismo, visando também aplicar esses conhecimentos em futuros atendimentos em consultório.
Da mesma forma, a estudante de Matemática, Maiara Rocha, viu no projeto uma chance de se aproximar de sua aspiração profissional de ser professora. Ela enfatizou a importância de compreender e aplicar os princípios de uma educação antirracista para se tornar uma educadora mais preparada e sensível às necessidades de seus alunos.
O Projeto Aprender a Pensar continua a desempenhar um papel fundamental na promoção de uma educação mais inclusiva e antirracista, capacitando não apenas os voluntários, mas também transformando positivamente o ambiente escolar e contribuindo para uma sociedade mais equânime e justa. São 138 estudantes da Educação Básica atendidos em três escolas municipais.
Fotos: Ana Paula Abrão