Aluna propõe cartilha de educação ambiental para escolas públicas
Unindo agroecologia e educação ambiental, a estudante de Biologia Marcela Rocha da Costa apresentou nesta quinta-feira, 7, seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que sistematizou metodologias adotadas pelo Programa Ambiental e de Economia Solidária (Prosa) da PUC Goiás em escolas públicas – dentro do projeto Prosa na casa comum – e propôs uma cartilha a ser adotada pelas unidades de ensino. A graduanda foi orientada pelo prof. Marco Aurélio Pessoa, que atua no Prosa.
A defesa do trabalho reuniu alunos e professores em sessão pública realizada no Auditório do Bloco G, no Câmpus II da universidade. O orientador explica que a intenção do TCC foi sistematizar as metodologias de abordagem nas escolas adotadas pelo Prosa. “A cartilha foi desenvolvida e testada na relação professor-aluno”, diz Marco, que é docente do curso de Zootecnia.
Em sua apresentação, Marcela explicou que a proposta da cartilha visa suprir a escassez de materiais de ensino para ampliar a grade curricular das escolas, que sofrem com a falta de recursos. Em geral, segundo ela, materiais do tipo não se adequam à realidade financeira das unidades, impedindo a construção de novos conhecimentos a partir da educação ambiental.
Para desenvolver a monografia, a graduanda aplicou seis práticas em duas escolas estaduais de tempo integral que atendem alunos do 6º ao 8º ano: Chico Mendes, no Conjunto Riviera, em Goiânia; e Donato Coutinho de Abreu, na Cidade Vera Cruz, em Aparecida de Goiânia.
Alunos e professores foram estimulados a participar de atividades como a criação de hortas em pneus, atividades com a terra, reciclagem de garrafa pet, compostagem, miniestufa e fertilizantes. “Foram usados materiais recicláveis e de baixo custo, justamente para se adequar à realidade da escola”, frisa.
Participação
O envolvimento de estudantes e professores surpreendeu a graduanda. Ela relata que, inicialmente, parte dos alunos ficava receosos em participar das atividades com terra. “Eles diziam que iam se sujar, mas ao participar eles percebiam que se tratava de algo dinâmico e aos poucos iam se entregando à atividade”, recorda, que manteve contato constante com as duas unidades de ensino ao longo deste semestre, em que ela também atuou como voluntária do Prosa.
Marcela ressalta ainda que as crianças e os adolescentes atuam como multiplicadores das boas práticas ambientais e suas casas. “O que a escola precisa é de estímulo para aplicar essas atividades. Falta material para acompanhar seu perfil econômico”, constatou.
Graduação e extensão
Participaram da banca como avaliadores a professora voluntária do Prosa, Sarah Amado, a coordenadora pedagógica da Biologia, Maria Vilma, e o professor da escola Donato Coutinho de Abreu, Weder Junio.
A união entre graduação e extensão, na avaliação da profa. Sarah Amado, ajuda os alunos a aplicarem o que aprendem no curso. “Principalmente com a população mais carente, que precisa de uma informação de qualidade e com embasamento científico. Além da vivência profissional. Agora a Marcela vai ser pesquisadora, professora”, afirma.
Fotos: Wagmar Alves