Acadêmicos se preparam para maratona de computação
Nem todo mundo imagina, mas as competições e desafios ranqueados – onde estudantes de diversas partes se enfrentam para a resolução de problemas – são uma das principais vitrínes para prodígios de áreas como a computação. Na PUC Goiás, um grupo de alunos passou a última semana de férias em uma experiência de imersão e preparação para a etapa regional da Maratona de Programação da Sociedade Brasileira de Computação, realizada em setembro.
Em iniciativa proativa, dois grupos de acadêmicos da Escola de Ciências Exatas e da Computação reuniram-se nos laboratórios da escola, na útima semana, para passarem por uma verdadeira maratona de aulas teóricas e desafios práticos, com o auxílio de acadêmicos mais experiêntes na competição.
Professor responsável pela organização da atividade, o mestre Alexandre Ribeiro destaca que o ganho, nesse tipo de treinamento, vai além da preparação para a competição. “Ter conhecimento em técnicas avançadas de programação, na resolução de problemas, é algo que vai além da competição. Serve mesmo para quem não irá competir”, destaca.
Para a iniciativa, o professor contou com a monitoria dos acadêmicos Lucas Salvino, da PUC Goiás, e Arthur Ferreira do Nascimento, da Universidade de São Paulo (USP), que foi o competidor latinoamericano com a melhor posição (17) na competição mundial do ano passado, em Pequim, na China.
Sobre a experiência com os colegas goianos, Arthur enxerga neles o forte interesse anterior pela programação e o desejo de trabalhar duro pelo desenvolvimento de habilidades. “O esforço interfere 100% no resultado final. Esforço é tudo em uma competição assim”, afirma.
Do grupo de alunos avançados, o academico de Ciência da Computação Guilherme Pereira, 22, vê na competição um espaço estratégico para quem deseja alcançar posições nas principais empresas do ramo. “A maratona nos treina e nos testa para prbolemas difíceis. A maioria das grandes empresas do mundo gostam e ficam de olho nessas maratonas”, ressalta. Será sua terceira participação na competição.
Caloura do curso, Ioná Santana, 19, se interessou assim que ouviu falar da competição e viu no treinamento uma oportunidade de testar-se antes de enfrentar algo do tipo. “O treinamento foi muito bom, mas cansativo. Aprendemos muito e vimos que uma maratona assim é algo para quem realmente quer”, pondera. Sobre a maratona, imagina ser uma grande oportunidade de autoconhecimento. “Você tem que lidar com a pressão, mas está lá, antes de tudo, para ver o que você consegue fazer. É uma competição com você, não com os outros”, considera.
A etapa regional da XXIII Maratona de Programação será realizada no dia 15 de setembro, em Goiânia. Já a final brasileira, será nos dias 9 e 10 de novembro, em Salvador – BA. A etapa mundial, em Pequim, durante o ACM International Collegiate Programming Contest.