Acadêmicos iniciam primeira edição da Semana da Mulher
As diversas formas de existir e resistir como mulher em nossa sociedade ganharam o debate na noite desta terça-feira, 6, no Auditório da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás com a abertura da 1ª Semana da Mulher, iniciativa do Centro Acadêmico do curso de História (C.A. Sérgio Buarque de Holanda).
Tendo como tema central A presença da mulher na política e nos movimentos sociais, a noite contou com reflexões da professora doutora Lúcia Rincón, da PUC Goiás, a mestranda Gabrielle Andrade de Silva e da egressa e ex-presidente do C.A., Júlia Machado.
“É importante que o Dia das Mulheres [historicamente comemorado no dia 8 de março] seja visto como dia de luta, de lembranças. Essa mobilização dentro da universidade é fundamental”, lembrou a professora Lúcia Rincón.
A docente ainda alertou os presentes sobre a importância de pautar as discussões levando em conta, sempre, o seu contexto. “Falamos de um momento muito complicado, onde pensar a democracia é uma preocupação fundamental, porque é só nela que conseguiremos buscar a igualdade”, frisou.
Convidada a falar sobre o movimento estudantil, a egressa Júlia Machado destacou a importância da participação política dos estudantes para sua formação cidadã. “O movimento estudantil tem tudo para ser uma ferramenta de debate. Isso inspira nas pessoas o civismo mesmo. Se algo importante ainda não está sendo, é importante saber como reivindicar”, constatou.
Primeira edição
Curso com número equilibrado de homens e mulheres, a graduação em História tem, desde o ano passado, um C.A. com chapa majoritariamente feminina, levantando importantes questões de representatividade que, antes, não ainda não ganhavam a mesma proporção. “Os alunos da História querem debater essas questões mais progressistas mesmo. É o perfil do curso. E a universidade entra com esse apoio nesse evento, que é um exercício deles”, constatou o coordenador do curso, professor Ivan Vieira.
Para a presidente do C.A., Thainá Alves, o evento é uma forma importante de levantar debates fundamentais aos acadêmicos, futuros professores. “É importante para pensar como o professor pode trabalhar a questão em sala de aula. Um evento para exercitar e desenvolver essa consciência de combate ao machismo”, pontuou.
A programação segue até sexta-feira, 9, com mesas-redondas, minicursos e grupos de discussão no miniauditório 406 da Escola.
Fotos: Weslley Cruz