1º Seminário Integrado de Aconselhamento Genético reúne mestrandos no Crer

Com programação nos dias 13 e 14 de maio, o 1º Seminário de Aconselhamento Genético, organizado pelo Mestrado em Genética, PUC Goiás, Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação (Crer) e Laboratório de citogenética humana e genética molecular, está sendo realizado no auditório do Crer.

Visando discutir o aconselhamento genético objetivando a saúde integrada, o seminário contempla uma mesa redonda com 4 palestrantes, 8 palestras livres e a defesa pública de casos conduzidos por pós-graduandos do Ambulatório 2 do Aconselhamento Genético do MGene. O evento é direcionado para profissionais e futuros profissionais da área de saúde.

Presente no evento na manhã desta terça-feira, 14, o professor Aparecido Peixoto, explica que aconselhamento genético é um processo de comunicação feito com a família do paciente e que objetiva desconstruir conceitos complexos da genética e da medicina, numa linguagem mais compreensível para tomar decisões de cunho reprodutivo ou terapêutico.

Uma das tarefas do conselheiro é desconstruir preconceitos, promover acolhimento, estimular a inserção do paciente na comunidade. Essa é a visão holística do aconselhamento genético. A tarefa do conselheiro é comunicar, estabelecer uma comunicação eficiente, sem julgamento, não diretiva, apresentando, por exemplo, opções que eu tenho de diagnóstico, testes possíveis, consequências de fazer ou não os testes genéticos.

Sobre o evento, o professor explica que seu principal objetivo é discutir o aconselhamento genético como uma ferramenta de apoio para o cuidado e atenção da saúde das famílias: “Existem políticas nacionais de atenção nacional e genética do cidadão brasileiro e a política de doenças raras que tem o aconselhamento genético como um eixo norteador da conduta multidisciplinar”.

Ainda de acordo com Peixoto, essa é a primeira turma que está formando novos conselheiros geneticistas, e isto se deveu à parceria entre o Crer e o mestrado em Genética da PUC Goiás: “O Crer oferece o espaço ambulatorial e os meus estudantes, vinculados ao mestrado em Genética, matriculam-se na disciplina ‘Ambulatório de Aconselhamento Genético’ e passam 200 horas aqui comigo, fazendo um estágio específico de ambulatório, onde podem desenvolver as vivências das consultas, encontrar as famílias, solicitar exames, comunicar resultados, fazer interlocução com os médicos para poder explicar os agravos genéticos que estão acontecendo nessas famílias, etc”.

A mestranda Fernanda Ribeiro Godoy da Cruz, que cursa a disciplina de ‘Ambulatório de Aconselhamento Genético’, entende que a expressão mais adequada a se utilizar para falar sobre aconselhamento genético é escuta ativa: “Entender, acolher e tentar auxiliar o paciente a lidar com o problema para que ele possa tomar suas decisões a partir do diagnóstico genético”, registra.

A programação do evento segue até às 17h desta terça-feira, 14.

Fotos: Wagmar Alves