Semana da Mulher é concluída com bate-papo sobre empreendedorismo

Como aproximar mulheres da comunidade para uma escola que tem por objetivo aumentar a empregabilidade e o desenvolvimento humano de jovens da região Leste, mas que tem alunos homens como maioria? Pensando nisso e no empoderamento das alunas que já estão buscando qualificação na Escola de Formação da Juventude (EFJ) da PUC Goiás, a escola promoveu, desde segunda-feira, 6, a Semana da Mulher.

Com oficinas, rodas de conversa e bate-papos, professores, voluntários e convidados desenvolveram a programação com alunas, suas familiares e pessoas da comunidade próxima, no Jardim Dom Fernando 1. Discussões sobre os desafios da mulher, oportunidades no mercado de trabalho, empreendedorismo e oficinas práticas como as de artesanato e cortes de cabelo integraram a lista.

“Um dos nossos pontos fortes na EFJ são as oficinas de inclusão digital, de tecnologia. Neles, existe muito o esteriótipo de que esse espaço não é da mulher. Foi esse tipo de pensamento que quisemos desconstruir aqui na escola”, explica a professora, psicóloga e coordenadora da Semana, professora Ana Cândida Cantarelli.

A programação da semana, assim como as aulas e iniciativas usuais da EFJ, contam com a participação de alunos da universidade em contato direto com a comunidade da região. “As atividades, assim como todas as tarefas que executamos na escola visam o protagonismo da comunidade, mas também dos alunos da universidade, na pessoa dos voluntários, estagiários e monitores”, explica.

Empreendimento com proposito

A atividade final foi realizada nesta sexta-feira, 10, nos turnos matutino e vespertino, com a publicitária e empreendedora Nathália Carneiro. O bate-papo Se o futuro é feminino, o futuro sou eu! foi pensado para que pudessem reconhecer suas fraquezas e pontos fortes e refletir sobre o protagonismo histórico das mulheres no mundo dos empreendimentos.

“Ao longo da história, nós mulheres fomos desenvolvendo traços marcantes, como a capacidade de colaboração, a resiliência, a empatia. Sempre fomos as responsáveis por cuidar”, introduz. “Diante de um mercado de trabalho hostil, que não entende, por exemplo, a importância da licença maternidade, muitas mulheres começaram a empreender. E nós sabemos, por meio de estudos e pesquisas, que uma mulher nunca empreende sozinha. Temos a capacidade de levar uma rede conosco. Ser mulher e empreendedora é mudar não só a própria vida, mas também a vida dos outros”, explica.

Este evento e outras iniciativas que reflitam o papel da mulher e da juventude feminina devem se concretizar com mais frequência na agenda da escola, que atende, atualmente, 235 alunos em oficinas e projetos.

Fotos: Weslley Cruz