Universidade inicia ações para o mês do idoso

Todos os anos, desde 1991, o dia 1º de outubro é lembrado no mundo como o Dia Mundial da Pessoa Idosa. No Brasil, a data ganha o reforço do Dia Nacional do Idoso, também a cada 1º de outubro, lembrando a aprovação do Estatuto do Idoso, considerado um marco no avanço das políticas públicas no país. Buscando gerar sensibilização e ampliar debates, o Programa de Gerontologia Social (PGS) da PUC Goiás iniciou as ações que marcam a entrada no Mês do Idoso.

Com uma caminhada seguida de adesivaço no Parque Flamboyant, o programa uniu alunos, professores e voluntários das oficinas de educação continuada da Universidade Aberta a Terceira Idade (Unati) para lembrar a data a quem desfrutava da manhã de domingo no parque. Nesta segunda-feira, 1º, a ação continuou, desta vez com voluntários e professores ligados aos demais projetos do PGS, na Praça Universitária.

Foto: Weslley Cruz

A cada sinal fechado, os motoristas foram impactados com uma faixa lembrando o Dia do Idoso e abordagens para lembrar a importância de refletir sobre o envelhecimento. “A questão maior, além dessa mensagem do dia do idoso, de passar mais carinho, mais atenção, mais cuidado, é alertar também para a necessidade de políticas públicas. A gente não vê programas de governo voltados para a população idosa e, em breve, a população idosa irá representar 30% do Brasil”, lembra a coordenadora do programa, professora Lisa Torres.

A estimativa indicada pela professora foi divulgada, pela última vez, pelo IBGE, ao afirmar que o Brasil já possui mais de 30 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais). A projeção é que, em 21 anos, existam mais idosos que crianças no país. “Já é mais do que hora de pensar nessa possibilidade, de viabilizar lugares de assistência para essa população, políticas públicas, fazer um alerta para a saúde e a educação, que têm uma implicação importante na qualidade de vida e na saúde”, explica.

Ao lembrar da importância de espaços culturais e de assistência para a população idosa, a professora cita os projetos que há 26 anos são realizados na universidade e seus possíveis resultados. A pesquisa mais recente do PGS, realizada com 300 idosos ao longo da Jornada da Cidadania, em maio, constatou que a formação continuada e a presença do idoso na universidade tem influência direta na diminuição de episódios de depressão desses participantes. “A pesquisa confirmou o que já sabemos pela literatura, da importância da aprendizagem continuada”, considera. Os dados ainda são preliminares e serão divulgados nos próximos meses.

A próxima atividade do PGS reunirá os alunos da Unati e interessados no cinema do Centro Cultural Goiânia Ouro para a exibição do filme E Se Vivêssemos Todos Juntos? (2012), de Stéphane Robelin, seguido de um debate intergeracional.

Fotos: Weslley Cruz