Impressora 3D auxilia na preservação de acervo do IGPA
Adquirida pela PUC Goiás no ano passado, a impressora 3D está auxiliando o Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da universidade a conservar seu acervo fílmico. A tecnologia possibilitou a impressão do batoque, uma peça utilizada no armazenamento e na projeção das obras cuja produção foi descontinuada.
O coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT) da instituição, prof. Marcos Lajovic, desenhou a peça, implementando melhorias, e imprimiu cerca de cem unidades. Outras cem ainda devem ser impressas. “É uma peça durável, que ajuda na projeção dos filmes também”, explica.
O NIT adquiriu a máquina em 2017, por meio de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). A impressora 3D fica no Laboratório de Prototipagem Avançada (LAPA), no mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas da universidade.
A universidade possui impressora 3D desde 2015, quando um equipamento foi desenvolvido por concluintes do curso de Engenharia de Controle e Automação, sob a orientação do prof. Marcos Lajovic. “Essa máquina tinha estrutura em madeira e a adquirida pelo NIT é em alumínio”, diferencia.
O técnico de Manutenção de Estúdios e Multimídia do IGPA, Davy Hugo Rodrigues, ressalta que a tecnologia da impressora 3D tornou real o que antes era inviável, já que os batoques, por serem relíquias, são peças de alto custo. De 3500 registros fílmicos do acervo de Adrian Cowell, composto em grande parte por filmes de 16 mm, 1719 já foram catalogados graças à nova tecnologia: “como a universidade tem um acervo histórico muito grande, é muito provável que esse trabalho seja realizado em outras áreas, já que tem uma precisão muito boa”, avalia o técnico.
Além do IGPA, o equipamento também auxilia graduandos e pós-graduandos no desenvolvimento de seus trabalhos de conclusão de curso. “São alunos de Engenharia Elétrica e de Controle e Automação e do mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas”, enumera o coordenador do NIT.