Escola qualificará atendimento à população com novos computadores
Em tarde festiva, a Escola de Formação da Juventude (EFJ) da PUC Goiás realizou a entrega oficial dos 20 computadores recebidos por meio de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nesta sexta-feira, 11. Reunidos na sede da instituição, na região Leste de Goiânia, gestores, professores, monitores, voluntários e alunos celebraram a conquista: um reforço no atendimento à população.
A coordenadora da Escola Stella de Melo, calcula que pelos 50 novos alunos passarão a ser atendidos, graças ao fomento do CNPq. “É importante para fortalecer os cursos e realiza-los com mais qualidade”, pontua, lembrando que a EFJ já é contemplada pela segunda vez por editais da entidade.
Além das máquinas, a Escola também foi contemplada com bolsas de estudos, que serão revertidas em cursos. Serão 4 turmas de auxiliar administrativo e produção audiovisual, segundo a coordenadora, cujas aulas devem iniciar em 2018/2.
Na EFJ, são atendidos jovens de entre 14 e 29 anos, que também participam do Projeto de Vida, em que debatem desafios do dia a dia e temas sugeridos pelos pais.
A candidatura ao edital do CNPq foi viabilizada pela Incubadora de Empresas da PUC Goiás. “Graças a vocês, conseguimos ajudar dois projetos. E nossa intenção é trazer ainda mais coisas boas para está casa”, ressaltou o coordenador da Incubadora, prof. Cárbio Waqued.
Incentivo
A pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis, profa. Márcia de Alencar Santana ressaltou a presença do Instituto Dom Fernando (IDF) na região Leste da capital, por meio da Escola de Formação da Juventude (EFJ) e da Escola de Circo Dom Fernando (ECDF). “O alcance que temos nessa região da cidade é graças a esses dois projetos”, disse.
Já o reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, recordou a trajetória de duas décadas da EFJ para valorizar a conquista dos computadores e das bolsas para a iniciativa comunitária. Aos estudantes, ele deixou uma mensagem de incentivo. “A Escola tem razão de ser por causa de vocês. É possível alcançar sonhos. Às vezes, a gente precisa cavar um pouco mais. Mas não pode desistir nem de perder com outros apelos”, afirmou.
É em busca de sonhos que os colegas Guilherme Gomes, 14 anos, e Marcos Orquiza, 15, fazem os cursos oferecidos pela Escola. Colegas na ação da PUC Goiás e no colégio, onde cursam o primeiro do ensino médio, os jovens buscam mais oportunidades no mercado de trabalho. “Ajuda no aprendizado antes de entrar na universidade”, diz Guilherme, que faz as formações de Internet das Coisas e de Manutenção e Montagem de Computadores. “Escolhi o curso de montagem de computadores porque gosto muito de computadores e porque quero ter um emprego melhor, um futuro diferente”, planeja Marcos.
Estágio e monitoria
Hoje, a Escola oferta cinco cursos na área de Informática: Informática básica, Internet das coisas, Montagem e manutenção de computadores, Programação de computadores e Desenvolvimento de sites. O trabalho nessa área é coordenado pela profa. Lucília Ribeiro, da Escola de Ciências Exatas e da Computação (ECEC), cujos alunos, junto com estudantes da Escola de Engenharia, atuam como monitores e estagiários da EFJ há cerca de um ano.
“Os estudantes podem experimentar um pouco da docência, de dar aula. Eles participam desde processos de montagem de plano de curso, atividades avaliativas, avaliação do aluno, ou seja, todo o desenvolvimento de um curso de 40 horas para a comunidade. Eles se tornam melhores alunos, desenvolvem a questão da extensão atendendo a comunidade”, explica Lucília.
Entre os estagiários, está o estudante de Engenharia Mecatrônica Felipe Neves, 26 anos. Aluno do 9º período, além do estágio, ele desenvolve atividades de extensão e de pesquisa. Seu trabalho de conclusão de curso (TCC), por exemplo, tem ligação com um projeto já desenvolvido na escola: um aparelho que faz leituras das ondas cerebrais, o Mind Wave. “É uma alegria muito grande dar aulas e fazer esses alunos gostarem de uma matéria que eu gosto”, diz.
Estudante de Análise de Desenvolvimento de Sistemas, Vinícius Vieira está no 3º período e há um ano está na Escola. Embora a docência não seja seu foco principal, hoje ele já vê esse campo de atuação como uma alternativa para o futuro. “Alguns não têm contato com o computador. Começamos do zero”, comenta.
Fotos: Weslley Cruz