Cia de Dança Noah comemora 20 anos

Fundada em 1997, como o então Grupo de Dança da UCG, a Cia de Dança Noah, da Coordenação de Arte e Cultura (CAC) da PUC Goiás, celebrou na noite desta quinta-feira, 14, duas décadas de existência. A comemoração do aniversário ocorreu durante as apresentações do Núcleo de Dança, que encerraram as atividades deste semestre da coordenação. O público acompanhou as apresentações sobre os biomas brasileiros e o natal e viu passar pelo palco do Teatro PUC, no Câmpus V, crianças, adolescentes, adultos e idosos que participaram das oficinas. Ontem, 13, alunos do Núcleo de Teatro se apresentaram.

O nome de origem hebraica – Noah, que significa “aquele de vida longa” – parece definir bem a trajetória da Cia de Dança. Nos últimos 20 anos, mil bailarinos passaram pelo grupo, como informa a coordenadora da CAC, profa. Beth Barros. Foram 28 espetáculos originais apresentados, entre eles o Por Goiás, a apresentação que há mais tempo está em cartaz no Estado – desde 1999.

Beth ressalta ainda outro aspecto que marcou as duas décadas do Noah: a relação de pertencimento e de parceria entre grupo e bailarinos. O nome do grupo, por exemplo, foi escolhido ainda em 1997, pelos próprios participantes. “A Cia de Dança nasceu do desejo da juventude de desenvolver suas habilidades de linguagem e comunicação”, recorda. “A característica do Noah é de construção coletiva, de parcerias. É uma atividade de linguagem artística, que move o corpo e depende desse trânsito, dessa vivência, desse contato com o corpo do outro, não seria possível de outra forma completar 20 anos sem esse tipo de postura”, avalia.

O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, ressaltou a intenção de estruturar a área de arte e cultura foi “potencializar os talentos artísticos da própria universidade, dos seus estudantes, seus funcionários, mas também da comunidade externa”. Na visão dele, os 20 anos percorridos pela Cia de Dança Noah projetou talentos, angariou prêmios e firmou ainda mais projeto educativo da universidade.

“O projeto educativo abrange a dimensão científica e técnica, mas também alcança a dimensão artística, estética, ética, espiritual, ambiental e social. Portanto, a arte e a cultura são não apenas um programa, uma coordenação, mas são constitutivas de um projeto que forma, que educa as pessoas e que compõe o conjunto da PUC Goiás.”

 ‘Sede’ de arte e cultura

Sobre o semestre na CAC, a profa. Beth Barros ressaltou o ganho qualitativo na participação dos alunos de diferentes oficinas e destaca o engajamento dos oficineiros nas atividades. “A gente percebe uma ‘sede’ de arte, uma ‘sede’ de cultura. Parece que as pessoas estão com essa ‘sede’ e isso é muito bom, porque colabora com esse desenvolvimento deles quanto da CAC”, explica.

Quem ingressou nas oficinas neste semestre não quer mais sair. É o caso do estudante Lucas Dias Cunha, 17 anos, que deu seus primeiros passos no balé e ainda auxiliou as idosas da dança de salão. “Que estudar artes cênicas e continuar dançando na CAC”, diz ele, ressaltando o papel da iniciativa da PUC Goiás para democratizar a arte e a cultura.

A estudante Giovana Rabelo, 14, está No seu terceiro semestre participando das oficinas da Coordenação. Primeiro, se interessou pelo jazz. Mas “a estética” do balé, como ela mesma comenta, motivou a mudança de estilo. “Gostei mais da técnica do balé e da sapatilha de ponta”, comenta ela.

Pais e familiares também acompanharam a apresentação. Entre eles a enfermeira Lorena Aparecida de Oliveira, que aguardava a apresentação da filha Maria Fernanda, 7. A participação nas oficinas, segundo a mãe, ajudou a menina a se concentrar e a se dedicar mais nas atividades do dia a dia. “Hoje, ela é muito mais dedicada. Ela treina em casa, se envolve não só com a música, mas com a disciplina que está por trás dessas apresentações”, enumera.

Fotos: Jota Junior