Em conferência, David Friedman imagina a humanidade nos próximos 30 anos

Você imagina a vida sem smartphones? E sem Netflix? Melhor, já imaginou a vida sem wi-fi? Pois saiba que nada disso existia ou era popular há dez anos, lá em 2007. Se aumentarmos a distância, as mudanças podem surpreender ainda mais.

Hoje, existem estudiosos em todo o mundo imaginando o futuro. Entre eles, o professor PhD David Friedman, da Universidade de Santa Clara, nos EUA, que ministrou a conferência Future Imperfect: Revolutions That Might Happen – and their consequences (Futuro imperfeito: revoluções que podem acontecer – e suas consequências, em tradução livre) na noite desta sexta-feira, 17, no Auditório da Área 4 da PUC Goiás.

Com lotação máxima, o professor, que é filho do Nobel de Economia Milton Friedman, apresentou aos presentes alguns insights sobre os próximos 30 anos, baseando-se em seu livro Future Imperfect, disponível gratuitamente na internet (em inglês).

“A maior parte de nós é conservadora ao imaginar o futuro. Evitamos pensar que as mudanças podem ser drásticas”, afirma. “No futuro é possível que tenhamos a vida que quisermos virtualmente, por meio da tecnologia, vivendo em cubículos e comendo a comida mais barata, mas viajando para todos os lugares e sentindo o gosto de uma suculenta picanha com a tecnologia. Deixo o questionamento: esse futuro que nos espera é o paraíso ou o inferno?”, pontua.

O professor ainda citou exemplos como a luta do homem pela anulação do envelhecimento. “Como seria o mundo se ninguém morresse? Ora, o mundo só progride porque os velhos cientistas morrem”, brinca. O dilema cada vez mais urgente entre a privacidade e reputação também foi lembrada. “Existem câmeras de vigilância em todos os lugares. Hoje elas são visíveis, mas poderão ser do tamanho de uma mosca no futuro, nos vigiando em qualquer situação. Por outro lado, a criptografia fica cada dia mais poderosa. O problema é que boa parte da nossa vida já está on-line. Não adianta se preocupar com uma ‘mosca’ te filmando se tudo está on-line”, considera.

Oportunidade

Presidindo a mesa de abertura, o pró-reitor de Comunicação da universidade e economista, professor Eduardo Rodrigues, destacou a importância da conferência ser realizada na universidade, impactando diretamente a comunidade acadêmica. “É uma riquíssima oportunidade de perceber as possiveis e existentes correntes de pensamento”, destaca.

“Os alunos têm que aproveitar ao máximo, porque é uma oportunidade única a visita de um palestrante desse quilate”, ressalta o presidente do Centro Acadêmico 5 de Novembro, do curso de Economia, Leonardo Ferraz.

Em Goiânia, a atividade foi promovida pelo Instituto Liberdade e Justiça, com a coorganização do Sudents For Liberty Brasil, Clube Bastiat e Distrito Liberal, com o apoio da universidade, por meio da Escola de Gestão e Negócios e do Centro Acadêmico de Economia.


Fotos: Jota Junior