PUC Goiás sedia reunião para a criação do plano de conservação de espécies
Até amanhã, 1º, pesquisadores de instituições de ensino instaladas nas regiões do Cerrado e do Pantanal e institutos de pesquisa estarão reunidos na PUC Goiás para uma grande causa. Cerca de 20 pesquisadores e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, iniciaram discussões para a criação de um plano de conservação de espécies ameaçadas dos dois biomas brasileiros.
Além de répteis e anfíbios, que são o foco do RAN, o plano de ação deve levar em conta também espécies ameaçadas de peixes e de um primata existente na região. A reunião na PUC Goiás, que integra o grupo, é a fase inicial do projeto, que deve ter como próximo passo um curso com um grupo ainda maior, em Brasília, em outubro.
“Hoje, temos 54 planos de ação para espécies de diferentes biomas. Nosso plano é que, até 2020, nós tenhamos todas as espécies ameaçadas contempladas em planos de ação”, explica a coordenadora do RAN, Vera Lúcia Ferreira Luz. Ao todo, o Centro estima que existam 1.173 espécies ameaçadas no Brasil.
Planos de ação como o que será estabelecido, são ferramentas de conservação que envolvem instituições de diferentes fins – governos, ONGs, universidades, institutos e centros de pesquisa, empresas etc. Eles resultam em objetivos e ações, revisadas anualmente. No caso do plano que será criado, a expectativa é que o plano seja seguido e atualizado por cinco anos, podendo ser estendido.
Representante da PUC Goiás no grupo de planejamento do plano de conservação, o coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas (CEPB) da universidade, professor Wilian Vaz, ressalta a importância da atividade conjunta. “Isso vai gerar ações focadas na preservação dessas espécies nos próximos anos”.
No primeiro dia, os líderes dos grupos de estudo, separados por espécies, apresentaram suas considerações sobre as ameaças nas regiões. Amanhã, o grupo segue reunido nas salas do Mestrado em Ciências Ambientais e da Saúde, na Área 5 da universidade, para o planejamento da primeira fase do plano, definindo o recorte geográfico escolhido, as espécies contempladas e os convidados para o próximo curso, em outubro.
Em 2017, a universidade tem focado esforços em atividades e ações para a conscientização da importância da preservação do Cerrado, em consonância com a Campanha da Fraternidade 2017, que tem como tema Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida.
Fotos: Wagmar Alves