Em Jornada, Medicina debate saúde mental

Experiências no campo de estágio que se transformam em debates acadêmicos e, depois, devem resultam em conhecimento para a comunidade. Essa foi a tônica da Jornada Acadêmica de Saúde Mental, organizada pelos alunos de Medicina do 8º módulo que cursam a disciplina Caso do Eixo Teórico Integrado. O evento reuniu acadêmicos no Auditório 1 da Área 2, na Praça Universitária, na noite desta segunda-feira (22). Em debate, o transtorno do déficit de atenção (TDH) e a hiperatividade.

O acadêmico Denismar Borges de Miranda, integrante da comissão organizadora, explica que a atividade foi idealizada a partir de um caso clínico ocorrido na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, hospital-ensino da universidade. Os estagiários de Medicina tiveram contato com um paciente pediátrico, diagnosticado com TDH, e em tratamento com estimulante do sistema nervoso central Metilfenidato. “Nós debatemos esse caso em alguns encontros e o problematizamos em diversas vertentes. Idealizamos a Jornada para discutir tanto em âmbito acadêmico e também contribuir com outras comunidades, inclusive para melhor atender os pacientes com esse transtorno”, detalha.

Além do TDH, a Jornada também debateu o uso da ritalina por acadêmicos – medicamento que tem como princípio ativo o Metilfenidato. “Durante o estudo do TDH, observamos que o Metilfenidato, pode ter uso indiscriminado por estudantes, para potencializar seus estudos durante o pré-vestibular, por exemplo”, afirma.

A profa. Roseneide Conde, da Medicina, integrante da comissão organizadora da Jornada, avalia que o debate sobre o tema ocorre em um momento especial. “Esses alunos estão no 8º módulo, o último da graduação. No próximo período, eles entram para o internato e esse tema da saúde mental é muito importante”, frisa.

Uma das palestrantes da noite, a profa. Maria das Graças Brasil, da Medicina, apresentou aos estudantes o TDH, o desafio para o diagnóstico e o tratamento de pacientes. “O TDH é uma das patologias mais frequentes da infância e da adolescência e, até a vida adulta, as pessoas podem seguir com o problema”, afirma. Ela é coordenadora da residência neuropediátrica na Santa Casa e atua no Caps Infantil Água Viva, onde pacientes são atendidos junto com alunos da PUC Goiás.

Fotos: Wagmar Alves


Fotos: Geovana Lemes