Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião celebra 25 anos de história

O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC Goiás comemorou 25 anos de história na noite da última sexta-feira, 22 de novembro, com uma programação que reuniu conferências, lançamento de livros e confraternização no auditório da Escola de Formação de Professores e Humanidades (Área 6).

Com 520 mestres e doutores graduados em mais de duas décadas, o Programa celebra várias conquistas, entre elas, a consolidação da nota 5, máxima da escala do conceito nacional, concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes. Outra expectativa é a possibilidade de nota 6, concedida aos Programas com alcance internacional.

Sobre as novas metas, o coordenador do Programa, o prof. Clóvis Ecco informou que o colegiado está fechando um mestrado na área de ciências da religião em Manaus (AM) e, em fevereiro de 2025, um GT será aberto para implantar outro mestrado na região de Macau, em Moçambique (África), a pedido da Universidade de Rovuma. A IES estrangeira oficializou convênio de cooperação internacional com a PUC Goiás no último dia 21 de novembro e a criação de novos cursos de pós-graduação com a colaboração da universidade goiana é um dos objetivos da parceria.

Pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, a profa. Priscila Valverde ressaltou a colaboração do Programa, que capacita pesquisadores cuja produção científica extrapola fronteiras. “É um dos mais antigos da PUC Goiás. É muito importante este momento, porque concretiza e comemora a formação de diversos mestres desde e doutores desde 1999. Então é importante para gente ver a questão histórica do programa, o que ele impactou na nossa região, no país e até de forma internacional e também pra fazer uma perspectiva para o futuro”, destacou.

Lançamento de livros

Para dar visibilidade a toda sua produção de conhecimento, o Programa também lançou quatro livros apresentados na comemoração alusiva ao Jubileu de Prata.  Foram eles: 25 anos do PPGCR, organizado pela profa. Dra. Ivoni Richter Reimer; O paradoxo violência e paz nas religiões, organizado pelo prof. dr. Valmor da Silva; O corredor da vida de Janis Roze, organizado pelos profs. Drs. Clóvis Ecco e Wolmir Amado e A História da transferência da capital federal do Brasil, de autoria do prof. Wolmir Amado.

Ex-reitor da PUC Goiás e atualmente secretário-geral da Sociedade Goiana de Cultura (SGC), mantenedora da universidade, o prof. Wolmir contextualizou o conteúdo de sua obra, fruto da sua tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC.

Com foco na transferência da capital federal do Brasil do Rio de Janeiro para o Planalto Central, o professor destacou o protagonismo da Arquidiocese de Goiânia, na época Arquidiocese de Goiás, na pessoa do então deputado federal Cônego Trindade, que se empenhou com mais de 50 discursos e articulação com todos os partidos políticos para conseguir o apoio necessário para a mudança da capital brasileira.

“Este estudo foi feito com base em documentos de fonte primária. Eu creio e espero estar contribuindo também com a produção e a novidade da pré-historiografia brasileira pela originalidade de que este tema é tratado, pelo recorte temático e pela contribuição que ele procura dar”, pontuou.

 

Perspectivas de internacionalização

Um dos conferencistas da noite foi o prof. José Reinaldo Martins, recém-chegado do pós-doutorado na Universidade Católica Portuguesa. Na ocasião, o docente conversou sobre perspectivas e concretização das experiências de internacionalização para o Programa alcançar um nível cada vez mais alto de excelência na qualidade.

“Um aspecto é a criação de redes. Nós precisamos fazer parcerias em nível internacional, seja com a Europa, Estados Unidos, mas também com lugares pouco conhecidos como África e Ásia. A segunda é fortalecer o impacto das nossas produções, que elas sejam lidas e citadas. E aí temos duas frentes: escrever mais em língua inglesa, que é muito importante para ser lido mundo afora, mas também fortalecer a relação entre espanhol e português”, refletiu.

Fotos: Wagmar Alves